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"A Ulbra sairá mais potente do que entrou na RJ", diz Carlos Melke

Lenon Quoos

Em pouco mais de oito meses após a aprovação do novo Plano de Recuperação Judicial, a reestruturação da Ulbra, uma das principais instituições de ensino no Rio Grande do Sul, já produziu transformações significativas. O presidente da Aelbra, a mantenedora da Instituição, ressaltou que, mesmo ainda sem a conclusão final do leilão do curso de Medicina, que está em andamento, a Ulbra já avançou bastante na quitação de seus compromissos, fez melhorias, preservou milhares de empregos e ampliou a oferta de ensino, recentemente avaliado pelo MEC com nota máxima.


"Salvamos 3 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, e saímos de 18 mil alunos e fomos para mais de 30 mil", destacou Carlos Melke ao comemorar os 51 anos da Instituição, celebrados nesta quarta-feira, 16 de agosto. "Estamos fazendo o resgate da Ulbra".


O presidente entende que o plano de recuperação judicial, aprovado por 91% dos credores, é chave para preservar essa Instituição, uma marca que nasceu no Rio Grande do Sul e hoje está presente em 20 estados. O texto antecipa soluções para cenários de questões que gerarem impasse dentro da tramitação na Justiça. "Estamos seguros sobre o curso de Medicina, por exemplo", afirmou. "E quero deixar ainda mais tranquilos os professores, pais, toda a comunidade acadêmica, porque o curso de Medicina da Ulbra é um patrimônio não só da Ulbra, mas do Rio Grande do Sul, e continuará servindo à sociedade gaúcha."


A aprovação do plano em uma recuperação judicial com mais de 8,5 mil participantes - entre eles União, Ministério Público e Judiciário -, em 25 de novembro do ano passado, ocorreu depois de mais de três anos e meio desde o pedido de recuperação judicial feito pela Aelbra. "Com um plano bem construído coletivamente, salvamos a instituição de não ser vendida a toque de caixa e desordenadamente", destaca Melke.


A mantenedora já destinou R$ 50 milhões aos credores trabalhistas, o que permitiu quitar 100% da dívida com mais de 1,6 mil pessoas, e a Ulbra segue cumprindo o estabelecido no plano. "Acrescemos em quase R$ 100 milhões o pagamento para os ex-trabalhadores da Ulbra, a chamada Classe 1 da recuperação judicial", afirmou. "Quando eu entrei, o plano aprovado anteriormente estipulava R$ 267 milhões: aumentamos para R$ 361 milhões, e já pagamos R$ 50 milhões."


Medicina

Sobre a venda do curso de Medicina, em andamento, Melke ressaltou que representa, na prática, uma oportunidade de expansão. "Vendemos o ativo Medicina no plano, e ganhamos seis outros cursos de Medicina", explicou. "A Ulbra entrou na recuperação judicial com uma Medicina, de 120 vagas, e sairá com 960 vagas. Ela sairá mais potente do que ela entrou na RJ."


A trajetória da Universidade Luterana do Brasil começou em Canoas, no Rio Grande do Sul, e se expandiu para o país. Sua mantenedora foi pioneira em levar educação básica e ensino superior a localidades carentes de formação profissional, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, social e econômico. Hoje, a marca Ulbra está presente em mais de 20 estados do Brasil, oferecendo educação básica, ensino fundamental, ensino médio e educação profissional, numa rede composta por 10 escolas, e ensino superior, com graduação e pós-graduação presencial e a distância, em uma estrutura de 12 campi universitários e 120 polos EAD.


A presidência da Aelbra, superintendentes e a reitoria participaram nesta quarta-feira, na capela do campus Canoas, de um Culto de Gratidão, transmitido pelo YouTube da Pastoral para as demais unidades da Universidade no País. O evento contou com a apresentação da Orquestra de Câmara da Ulbra.

Legenda: Presidente da Aelbra, Carlos Melke, prestigiou evento que comemorou os 51 anos da Ulbra

Foto: Divulgação/Ulbra

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