- Lenon Quoos
Anvisa recomenda restrição a voos da África em razão de variante perigosa
A preocupação com a nova variante da Covid-19 identificada em Botsuana, no sul da África, que recebeu o nome técnico de variante Ômicron, tem feito países considerarem novas medidas restritivas a voos nas fronteiras. Segundo levantamento (veja lista abaixo) feito pela CNN na tarde desta sexta-feira, 26, pelo menos 17 nações já haviam anunciado bloqueios totais ou parciais a viajantes vindos de países do sul da África.
O Itamaraty informou, em nota, que ainda não tem posicionamento sobre a conduta que o Brasil deve adotar em relação à nova variante. Porém, segundo um comunicado emitido pelo Ministério da Saúde a secretarias estaduais e obtido pela CNN, a pasta já teria sido informada pela OMS que a nova cepa é classificada como “variante preocupante”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que fossem implementadas medidas restritivas para voos e viajantes procedentes da região. Estão na lista os países África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, na manhã desta sexta-feira 26, restringir voos vindos de seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Em nota técnica, a agência pede ao governo federal que adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos do continente africano por conta da identificação de nova variante do vírus SARS-CoV-2, identificada como B.1.1.529.
Cientistas demonstram preocupações com a nova cepa identificada na África do Sul, já que ela apresenta 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike”, usada pelo vírus para entrar nas células e alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19. Nesta sexta-feira, 26, o governo sul-africano fará uma reunião de urgência com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a evolução do vírus.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que uma nova onda de Covid-19 vem aí, mas que não fechará os aeroportos. Bolsonaro discutiu com um apoiador que insistiu para que o governo federal proibisse voos internacionais para o Brasil.

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