A cidade gaúcha de Cachoeira do Sul pode se tornar a Capital Estadual da Formação de Pilotos Agrícola. Ao menos no que depender do Projeto de Lei (PL) 497/23, do deputado estadual Cláudio Tatsch (PL). A proposta foi protocolada na última semana e tem tramitação conclusiva – ou seja, não precisa ser votada em Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo.
Em sua justificativa, Tatsch explica que a cidade está intrinsecamente ligada à formação pilotos agrícolas, atraindo profissionais de todo o Brasil e formando também alunos de diversos países da América Latina. Uma marca intimamente ligada à trajetória da empresa Aero Agrícola Santos Dumont, que já atingiu a marca de 1.083 profissionais formados pelo seu Curso de Piloto Agrícola (Cavag), em mais de 100 turmas realizadas desde os anos 1990.
Isso praticamente na sequência do fechamento, pelo governo federal, do Cavag que era mantido pelo Ministério da Agricultura na antiga Fazenda Ipanema. O local funcionou entre 1967 e 1991 no interior de Sorocaba – local hoje pertencente ao Município de Iperó.
FORMAÇÃO
Apenas da aviação agrícola existir no Brasil desde 1947, foi em 1965 que o governo federal regulamentou a formação de pilotos especificamente para essa atividade. Atualmente, para poder ingressar em um curso de piloto agrícola, o candidato precisa antes ter a licença de piloto comercial e somar pelo menos 370 horas de voo.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Agrícola (Anac), o Brasil tem atualmente 2.115 pilotos agrícolas com licença válida. Treze deles são mulheres e 19 têm licença para pilotar também helicópteros agrícolas.
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