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Cachoeirense pede urgência para a contratação de monitores de educação especial no Município

Lenon Quoos

Imagem: Fatos 24h.


O cachoeirense Rogério Carlos Gruetzmann, morador do bairro Quinta da Boa Vista, zona norte de Cachoeira do Sul, que na semana passada chamou atenção ao estar presente com um cartaz na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, esteve presente na sessão desta segunda-feira, 25 de setembro, desta vez ocupando a tribuna popular, para falar de um problema conhecido por todos no município, que é a falta de monitores especializados para a educação especial nas escolas da rede municipal de ensino.


O pai diz representar todos os demais pais que possuem filhos autistas e que necessitam de um suporte especial de aprendizagem. "Agradeço todo o apoio que venho recebendo. Subo nessa tribuna hoje com o coração mais aliviado, mas não menos indignado com a situação dos monitores escolares de Cachoeira do Sul. Hoje venho pedir humildemente aos senhores aqui presentes que por favor tomem uma providência em relação a esse assunto. Temos muitas crianças especiais sem monitores escolares em nosso município e nós pais clamamos por ajuda. É o mínimo que podem disponibilizar, pois a lei deve ser cumprida", destaca.


Rogério pediu para que os parlamentares deem mais prioridade a assuntos mais urgentes e que envolvam o fator humano. "A educação agoniza em Cachoeira do Sul e a lei deve ser cumprida. Cabe aos senhores e senhoras fiscalizarem ou vão esperar acontecer uma tragédia para tomar uma providência junto à SMEd? Vamos supor que durante uma crise de um aluno com Autismo na Escola agrida ou seja agredido, por não entender a situação, se machuque ou que o aluno fuja da escola em momento de crise, não por culpa de professores, pois eles estão fazendo o que podem, já estão trabalhando no limite, sem assistência. Quem irá se responsabilizar frente a essa situação gravíssima?", pontuou.

Em sua fala, o cachoeirense também questionou se algum dos vereadores esteve presente na Prefeitura para protocolar um pedido de informações sobre a existência de monitores em desvio de função no município e também por que há tantos pedidos de exoneração desses profissionais. "Algo está errado! Não é possível que nossos filhos estejam tão desamparados no momento de sua formação. Providências devem ser tomadas urgentemente. Peço também que não troquem mais os monitores dos alunos especiais, pois a sintonia é perdida com um diferente. Estamos sem fonoaudiólogos. Enquanto aprovam verba para destinações mais irrelevantes, a biblioteca da escola que meu filho estuda está sem telhado. Meu filho vai ler livro aonde? No banheiro? No que estão transformando Cachoeira do Sul. Teria assunto para mais três horas, mas encerro aqui meu desabafo", relata.


SAIBA MAIS

Na última sessão ordinária do Legislativo, o pai protestou segurando um cartaz, em que pedia o cumprimento da Lei Federal 12.764 de 2012. A referida Lei instituiu a política de proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, garantindo nos casos de comprovada necessidade, o direito da criança acometida pelo TEA e matriculada em escola regular (pública ou particular), a necessidade de um acompanhante especializado em sala de aula. "Chega de desculpas, façam cumprir a Lei", destacava ao final no cartaz.


O pai chamado Rogério Carlos Gruetzmann, morador do bairro Quinta da Boa Vista, zona norte de Cachoeira do Sul, passou as duas horas e meia da sessão segurando o seu cartaz ao lado da Mesa da Presidência, direcionado para os vereadores.


Rogério que possui um filho com autismo, de nove anos, e que estuda na Escola Municipal de Ensino Fundamental Jenny Figueiredo Vieira da Cunha, localizada na Forqueta, relata que o seu filho enfrentou várias trocas de monitores nos últimos três anos, o que dificulta o relacionamento/vínculo entre a criança e o monitor, prejudicando o laço de confiança adquirido por esses profissionais.

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