Um casal homoafetivo de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, viu a vida mudar repentinamente com a adoção de cinco irmãos biológicos. "Acreditamos que fomos escolhidos", declara um dos pais, Geninho Goes, 56 anos.
"O que era pra ser apenas um encontro casual se transformou num caso de amor, com cinco filhos da noite para o dia", afirmou.
Ele deixou o cargo de secretário de Turismo na cidade para se dedicar integralmente à paternidade. Agora com filhos que têm entre 1 a 14 anos, o casal compartilha vivências, dicas e reflexões sobre a vida em família no Instagram.
As adoções A primeira adoção já havia acontecido em 2016, quanto a primogênita tinha 8 anos. No segundo semestre de 2022, no entanto, já com 14 anos, o casal recebeu um novo contato da assistente social com a proposta de aumentar a família com os quatro irmãos biológicos dela. Geninho conta que não tinham famílias habilitadas para um grupo com tantos irmãos e com idades variadas. A alternativa seria separá-los. "Quando recebemos a proposta, eu e meu companheiro não tivemos nenhuma dúvida por vários motivos. Nossa filha sempre pedia pelos irmãos. Ela só conhecia um deles, sabia da existência de um outro. Mas não sabia que eram quatro", contextualiza. Mesmo sabendo dos desafios que viriam, a decisão aconteceu no mesmo dia. No início do relacionamento, em 2008, ele e o companheiro, Eduardo Domingos, não pensavam em ter filhos. O planejamento mudou quando assistiram a um documentário sobre o tema e não conseguiram conter as lágrimas. "Uma adoção não é conto de fadas, imagina uma adoção tardia [...]. Mas vimos muito mais o propósito do que os desafios", afirmou. Para Geninho, "o amor explica". Nas redes Pensando em inspirar outros pais a serem presentes nas vidas dos filhos, o casal criou um perfil no Instagram, o "Paiciência", onde compartilha vivências da família, dicas e reflexões sobre paternidade. "Vivemos intensamente a paternidade , porque sabemos o quanto é importante essa fase na vida da formação de qualquer um. Então, além de inspirar quem deseja ter um filho, quer seja por adoção ou biológico , queremos mostrar na prática como ser presente. E disso , podemos dizer que vivemos um intensivo", brinca.
Fonte: G1 Santa Catarina
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