Presidente Luis Anibal Machado.
O Conselho Municipal da Saúde (CMS) de Cachoeira do Sul, divulgou nesta terça-feira, 16 de abril, uma carta aberta à população da cidade, manifestando sobre a situação em que se encontra a saúde em Cachoeira.
Dentre muitos problemas, o CMS citou o índice de comprometimento da folha de pagamento municipal, a iminência de fechamento de serviços (CAPS infantojuvenil e oito Estratégias de Saúde da Família) por falta de profissionais, bem como a necessidade de concurso público já apontado em várias reuniões, documentos e pareceres emitidos pelo CMS e o vencimento do contrato de profissionais, sem perspectiva de renovação, incluindo enfermeiros e técnicos de enfermagem, o que impactará na continuidade dos serviços prestados à população.
"Diante do exposto, informamos que o município de Cachoeira do Sul está prestes a enfrentar o caos no seu sistema de saúde cujos os principais motivos são o esforço insuficiente e as consequências do Índice de Comprometimento da Folha de Pagamento. Este alerta da CMS é para ciência da população e para que os poderes constituídos se comprometam com uma solução visando resguardar um direito fundamental, que é a vida das pessoas", diz a carta.
Outros problemas também são citados:
Orçamento aprovado para o exercício 2024, com aproximadamente R$ 38 milhões de recursos próprios destinados à Saúde, sendo que o mínimo necessário era aproximadamente R$ 58 milhões, sendo que o CMS emitiu parecer de R$ 70 milhões com base nos valores não repassados em 2023;
Que aproximadamente 20% da força de trabalho da Secretaria Municipal da Saúde advém de servidores contratados emergencialmente;
A epidemia de dengue;
A proximidade do inverno, estação do ano onde se observa um aumento considerável de necessidade da população em buscar atendimentos em serviços de saúde;
O aumento de atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde, UPA e HCB, que está acima do limite necessitando de ampliação;
A não contratação de profissionais engenheiros para executarem os projetos da Saúde, o que pode acarretar na perda de aproximadamente R$ 9 milhões (recursos federais) em obras de construção, reforma e ampliação de unidades;
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