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Desvalorização do preço do leite preocupa produtores gaúchos

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • 17 de out.
  • 2 min de leitura

A queda no preço pago pelo litro do leite vem acendendo um sinal de alerta entre os produtores do Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, o valor recebido já está abaixo de R$ 2,00 por litro, o que, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), não cobre sequer os custos de produção em muitas propriedades.


Diante desse cenário, a Fetag-RS reuniu, na última quarta-feira (15), a Comissão Estadual do Leite para definir os próximos passos diante da crise enfrentada pela cadeia produtiva no Estado. A entidade deve cobrar do governo federal e de outros órgãos medidas emergenciais para equilibrar o mercado e evitar o abandono da atividade por parte dos produtores familiares.


Uma nova reunião está marcada para terça-feira (21), quando será apresentada uma agenda de reivindicações. Entre as propostas, estão a implementação de cotas ou barreiras para importação de leite e derivados, a compra reguladora de leite pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a atualização do preço mínimo de produção, o reforço na fiscalização contra a reidratação ilegal de leite em pó e ações de incentivo ao consumo interno.


De acordo com o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, a situação é grave e ameaça a permanência de milhares de famílias na atividade.

Uma nova crise como essa pode acelerar ainda mais a evasão de produtores da atividade leiteira, o que trará impactos sociais e econômicos graves para o meio rural gaúcho — alertou.


Nos últimos três meses, o preço médio do litro caiu cerca de R$ 0,50, agravado pelo aumento das importações de lácteos, que passaram de 150 mil para quase 200 mil toneladas mensais, segundo dados do setor. A chegada da safra de leite no Centro-Oeste e o período de calor que reduz o consumo devem pressionar ainda mais os preços nas próximas semanas.

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