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Foto do escritorDa Redação

Eduardo Leite no SOS Agro RS: “Não vamos deixar de nos mobilizar até a vitória“



Em pronunciamento durante ato do movimento SOS Agro RS, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, o governador Eduardo Leite deu um recado contundente ao governo federal. "Se estão apostando que vão ganhando no tempo, fazendo com que o Rio Grande se desmobilize, estão apostando errado e vão perder, porque não vamos deixar de nos mobilizar até a vitória daquilo que nós queremos de Brasília", afirmou Leite, ovacionado por milhares de produtores rurais.


A fala de Leite abrange o socorro a diferentes setores da economia gaúcha após o cataclisma climático de maio e envolve a falta de medidas resolutivas para o agronegócio. Em julho, durante ato do SOS Agro RS em Rio Pardo, Leite conclamou os agropecuaristas para realizar novo ato na Capital. O governador ressaltou que o palco do movimento na Capital não tinha vinculação nem bandeiras partidárias, mas a manifestação legítima da angústia e ansiedade dos produtores rurais com a falta de respostas da União para solucionar o endividamento da agropecuária.


"Não se trata aqui de movimento de oposição para fustigar e desgastar, é um movimento de defesa do RS, do agronegócio”, afirmou.


Leite disse que reforçou o pedido de socorro ao agro gaúcho ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em evento em São Paulo esta semana. Reforçou que o Estado tenta sensibilizar o executivo federal para o drama gerado no campo não apenas pelas enchentes deste ano, mas por anos recentes de perdas agrícolas por estiagens e chuva excessiva.


O governador falou que o Rio Grande do Sul espera isonomia de tratamento dentro do pacto federativo e um olhar mais generoso da União em relação a outros estados e regiões do país.


"Não queremos tirar nada deles. Para eles existe zona franca, incentivo fiscal, fundo constitucional e uma série de ferramentas criadas para estimular o desenvolvimento. Nós não temos. "Se não vão nos dar o que dão a eles, parem de tirar o que é nosso, parem de tirar do Rio Grande o que geramos de riqueza”, destacou.


Leite reforçou que o Rio Grande do Sul precisa de tratamento adequado na distribuição de recursos. "Esse tratamento que é dado ao Sul do Brasil e especialmente ao Rio Grande do Sul é desleal do ponto de vista federativo. Está desequilibrado por demais", disse. O governador ainda frisou que o movimento SOS Agro RS deve persistir em seu trabalho, que transcende posições partidárias, e argumentou contra estratégias políticas de desunião entre pessoas e grupos. "Não vão conseguir dividir o nosso Rio Grande", bradou.


Em crítica ao governo federal, o governador reiterou seu descontentamento com o “pouco que entregaram até agora, com o pouco que ofereceram ao nosso Estado e com o pouco que estão colocando na mesa para o agro gaúcho”.

Leite disse que a MP. 1.247, estabelecendo descontos para o endividamento de produtores “nem de perto” atende as demandas do setor e pontuou que a regulamentação da medida por meio de decreto ainda não foi apresentada.


"Brasília tem optado sempre pelo caminho mais difícil”, falou, citando a demora em medidas para assegurar a sobrevivência de empresas e manutenção de empregos no RS. Reclamou do engessamento e burocracia das regras de regras de apoio, restringindo financiamentos e 26% do anunciado pelo governo federal.

"Quem produz no campo precisa definir e encaminhar a próxima lavoura, o próximo plantio, tem que tomar decisões pra já. Quem fez o Rio Grande ser grande nunca foi o governo. Sempre foi sua gente. Quem se submete aos riscos de um negócio, em qualquer setor, merece o respeito, o incentivo e o estímulo.


Mais ainda quem faz em céu aberto, não sabe se vai chover pouco, muito, no tempo certo para encher o grão, se submete a muitas condições que transcendem sua capacidade empreendedora”, afirmou.


Leite disse que o Estado tem urgência por definições que permitam aos agricultores semear a próxima safra, cuja janela de plantio se inicia em outubro. O governador louvou o espírito de trabalho dos gaúchos e reforçou que o Estado “não vai aceitar ser tratado como algo menor” que a alma empreendedora dos gaúchos que foi sacrificada pelo clima deve agora ser atendida pela União no pacto federativo.




Imagens: Camila Cunha.


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