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Família reclama de negligência do HCB para atender paciente com distúrbio

  • Foto do escritor: Da Redação
    Da Redação
  • 28 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

No fim da tarde desta segunda-feira, 25 de novembro, a família de um jovem de 18 anos ficou revoltada com a conduta no atendimento tomada pela equipe do Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), em Cachoeira do Sul.


Segundo relatado pelo irmão do rapaz, Glauber Fernandes, houve indiferença e omissão por parte da casa de saúde no atendimento do jovem, que foi atendido durante a tarde na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), após apresentar sintomias de paralisia em um dos lados do corpo, que foi se agravando com o passar das hora, deixando a família em pânico, até procurar por todos os meios um atendimento com urgência no HCB.


"O meu irmão teve dormência em todo lado esquerdo do corpo, inclusive na musculatura do rosto e nos sentidos, como a fala. Ele chegou a um ponto que não parava mais em pé. Não é de hoje que ele está doente e vem piorando há tempos, desta vez ele também não consegue comer desde sábado. Na verdade essa é a sexta vez que estou procurando atendimento na saúde. Então fomos para a UPA, onde tivemos um atendimento ótimo e foram super atenciosos", conta.

O problema iniciou quando no atendimento da UPA, foi negada a solicitação da médica que atendeu o jovem para transferi-lo para o hospital. "Ela disse que ia pedir o encaminhamento para exames, mas logo em seguida ela retorna afirmando que havia tentado a transferência mas que o HCB não havia aceitado porque estava superlotado e que não adiantaria ir por conta própria que eles não iriam atender", relata Glauber, que decidiu levar o irmão mais novo por conta própria assim mesmo.


Ao chegar na emergência, ele afirmou que a emergência estava vazia, sem pessoas aguardando atendimento, situação totalmente oposta ao que foi lhe informada. "Cheguei na atendente e solicitei atendimento, questionando porque haviam negado o atendimento se o local estava vazio. Aí a moça disse que estava cheio. Foi então que eu rebati, então porque não disseram para ele aguardar, pois vocês simplesmente negaram o atendimento sem nem saber da gravidade do problema. O revoltante foi essa negativa no atendimento, já que esse tipo de conduta não faz parte dos princípios que regem as diretrizes do SUS", indignou-se.


Por fim, a moça fez o cadastro do rapaz e enquanto isso, Glauber decidiu fazer contato com pessoas influentes, que contataram o HCB e solicitaram preferência no atendimento do jovem. "Tive que tomar essa providência porque eles não quiseram atender o guri. Nunca vi uma coisa dessas antes, é uma babaquice, coisa de outro mundo", disse.


A família está desesperada, pois quer que o jovem faça os exames necessários e receba o atendimento que merece. "O caso dele precisa ser aprofundado, se não tem condições de atendê-lo aqui, então que encaminhem para outra cidade, pois temos condições de acompanhá-lo, mas não digam que não vão atender porque o hospital está lotado. Omissão no atendimento não deve ocorrer na saúde pública, ainda mais no caso do meu irmão que entrou de cadeira de rodas no atendimento, sendo que ele é uma pessoa sadia, trabalhava e tinha uma vida normal, e teve que largar o emprego por conta disso", relatou.


Após toda essa situação, o jovem foi atendido pelo HCB e finalmente fez um exame de tomografia no crânio, que em primeiro momento não acusou nada. Então a equipe hospitalar decidiu interná-lo para realizar um outro exame com contraste nesta terça-feira e também para ser avaliado por um neurologista. "Tenho pavor de lugares onde temos que apelar para o estrelismo para que tenhamos acesso aos nossos direitos, mas infelizmente nossa cidade peca muito nesse quesito. Deve ser cultural", refletiu Glauber, que há anos reside em Gramado e que está vindo para Cachoeira todos finais de semana para auxiliar o irmão e a família na busca do tratamento.


O QUE DIZ O HCB?

"Ciente do relato formalizado pelo Sr. Glauber Fernandes, encaminhado ao HCB no dia 26/11/2024 (última terça-feira) pelo portal Fatos 24h e considerando o teor dos fatos narrados, foi determinada a abertura de apuração administrativa, com oitiva dos profissionais atuantes no atendimento e avaliação do relato, para que se possa realizar a elucidação dos fatos. Em tempo hábil, a conclusão da apuração será informada".



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