Gaúcho da Região Central é o primeiro padre brasileiro nomeado bispo pelo novo Papa

Um gaúcho de Nova Palma, município da Região Central do Rio Grande do Sul, é o primeiro padre brasileiro a ser nomeado bispo pelo novo Papal Leão XIV. A nomeação do monsenhor Clésio Facco foi anunciada na manhã desta quarta-feira, 28 de maio, na Catedral Metropolitana de Santa Maria. O Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin, fez o anúncio concomitantemente à publicação oficial da notícia pelo Vaticano.

Monsenhor Clésio Facco assumirá como bispo de Uruguaiana, tornando-se o nono da diocese da Fronteira.  A ordenação do monsenhor como bispo tem prazo de 3 meses para e deve ser realizada na Catedral de Uruguaiana. Após a ordenação, o novo bispo tem um mês para assumir a diocese.

• São as primeiras nomeações realizadas pelo Papa Leão XIV. Uma curiosidade é que o processo de nomeação do monsenhor Clésio começou ainda com o Papa Francisco e foi confirmado pelo Papa Leão XIV. Temos dois papas abençoando a nomeação dele, que era para sair no dia 23 de abril, mas foi adiada em virtude da morte do Papa Francisco, em dia 21 de abril - comentou Dom Leomar.

  
  

Monsenhor Clésio Facco é padre palotino e nasceu em 1º de abril de 1971, em Nova Palma, na Arquidiocese de Santa Maria (RS), filho de Josué Euclydes Facco e Clara Antônia Rossato (ambos falecidos). Em sua fala, após o anúncio, monsenhor Clésio Facco agradeceu aos pais, que sempre o incentivaram.

• A igreja é de irmãos e irmãs. A  gente não escolhe, a gente acolhe. Então é com bondade que quero caminhar. É um momento especial da minha vida e desafiador para a Igreja Católica, que nos convida a viver no espírito de esperança e confiança. Sinto uma alegria muito grande em ser escolhido para esta missão - disse o novo bispo de Uruguaiana. 

  
  

Vida dedicada à Congregação Palotina

O novo bispo começou seus estudos fundamentais em Vila Cruz, em Nova Palma, e iniciou sua formação religiosa em 1987, no Seminário Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto, distrito de São João do Polêsine (RS). Em 1991, mudou-se para Santa Maria, onde estudou filosofia e teologia no Instituto de Filosofia e Teologia, hoje Faculdade Palotina (FAPAS).

Ingressou no noviciado em 1993, em Cascavel (PR), e fez sua primeira consagração em 25 de março de 1994, na União do Apostolado Católico. Sua consagração perpétua ocorreu em 17 de maio de 1997, no Seminário Rainha dos Apóstolos. Foi ordenado diácono em 8 de junho de 1997, em Santa Maria, e presbítero em 14 de dezembro do mesmo ano, em Vila Cruz. 

Exerceu várias funções pastorais e formativas, incluindo vigário paroquial em Dourados (MS) em 1998, professor e reitor no Seminário Rainha dos Apóstolos (1999-2001), reitor do Postulado em Toledo (PR) de 2002 a 2005, e vigário paroquial na Paróquia São Vicente Pallotti, em Roma (2005-2007), onde também fez um curso de Espiritualidade na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Retornando ao Brasil, foi pároco em Fátima do Sul (MS) entre 2007 e 2010. Em Santa Maria (RS), exerceu várias funções, como diretor da Gráfica Pallotti (2010-2013), secretário provincial palotino (2010-2012), diretor da Escola Vicente Pallotti (2011-2015), vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio (2012), ecônomo provincial palotino (2012-2016) e, novamente, a partir de 2023 até hoje, reitor provincial da Província Nossa Senhora Conquistadora (2016-2022) e membro do Conselho de Presbíteros da Arquidiocese de Santa Maria.