Ao iniciar uma construção, muitos focam principalmente no projeto arquitetônico, que define o layout, design e a estética do imóvel. No entanto, um aspecto fundamental que garante o sucesso de qualquer obra como um todo são os projetos complementares. Esses são desenvolvidos em paralelo ao arquitetônico e incluem as áreas de elétrica, hidráulica, estrutural e saneamento. Eles garantem que a edificação seja segura, funcional e eficiente.
Os projetos complementares, na prática, geralmente são elaborados pelos engenheiros. Embora existam especializações distintas para cada tipo de projeto, como engenheiros eletricistas ou hidráulicos, o engenheiro civil é o responsável por coordenar e integrar todos esses planejamentos. Ele é o encarregado de supervisionar as diferentes áreas e etapas da obra, garantindo que estejam de acordo com as normas técnicas e compatível com o projeto arquitetônico.
O projeto elétrico define toda a distribuição de energia em uma edificação, como o posicionamento de tomadas, interruptores e quadros elétricos, além de prever sistemas de segurança como aterramento e proteção contra curtocircuito. Já o projeto hidráulico cuida do abastecimento de água, esgoto e drenagem, prevenindo problemas como vazamentos, baixa pressão e entupimentos, além de garantir um uso eficiente dos recursos hídricos.
Outro projeto crucial é o projeto estrutural, que calcula e define os elementos que darão sustentação à construção, como vigas, pilares e fundações. Uma estrutura bem dimensionada previne patologias, como fissuras ou desabamentos, além de otimizar o uso de materiais, reduzindo custos e o impacto ambiental. Quando todos esses projetos são elaborados de forma integrada, o resultado é uma edificação resistente, estável, funcional e econômica minimizando surpresas durante a execução da obra e garantindo a durabilidade do empreendimento.
Além de garantir o bom funcionamento dos sistemas internos, a compatibilização dos projetos complementares com a parte arquitetônica previne desperdícios. Por exemplo, sem o projeto elétrico, poderia ser necessário quebrar paredes para reposicionar fiações, ou mesmo, sem o projeto hidráulico adequado, a instalação de encanamentos poderia interferir na disposição dos ambientes. Com isso, esses projetos tornam-se fundamentais para evitar retrabalhos e gerar economia no processo de construção.
Portanto, investir em projetos complementares é uma medida indispensável para assegurar que a obra não só atenda aos padrões de qualidade, mas também ofereça segurança, durabilidade, funcionalidade e economia. Em qualquer construção, grande ou pequena, eles não podem ser subestimados ou ignorados. Engenheiros especializados, ao lado dos arquitetos, garantem que a construção não seja apenas um espaço bonito, mas um ambiente funcional e duradouro.
Engenheira Jéssica Oliveira.
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