Uma proposta do Ministério da Economia pode fazer com que tributos sejam acrescentados ao valor dos livros. O livro sempre foi um produto caro em nosso país. E para você, leitor, que independente de sua renda mensal costuma ler com avidez e sonha ter a sua biblioteca particular, poderá encontrar maiores dificuldades em suas aquisições literárias, caso esse projeto seja aprovado.
O mercado literário aqui no Brasil é protegido de tributação. Isso já está descrito desde à Constituição de 1946, quando o escritor Jorge Amado, na época deputado federal, propôs que os livros ficassem isentos de impostos. Os constituintes da época acharam a proposta justa e aprovaram a lei.
Muitos pensam que Literatura é coisa pra rico, mas... A verdade é que livros representam o alimento da alma. São tão essenciais quanto o arroz, o feijão e a carne, que dão sustento ao nosso corpo. Mais do que isso, os livros deveriam estar entre os itens da nossa cesta básica. Muitas das pessoas que têm poder aquisitivo, poderiam valorizar a nossa Cultura Literária, mas não o fazem. Outras tantas, sequer gostam de ler. Porém, nem só de incultos está composta a nossa sociedade.
Pois, logo após a repercussão sobre a proposta da nova emenda, no mês de agosto de 2020, parte da sociedade se mobilizou criando a Campanha, DEFENDA O LIVRO. A manifestação tomou conta das redes sociais, alcançando quase um milhão de participantes. Essa mobilização me encheu de orgulho e me fez descobrir que, ao contrário do que dizem por aí, brasileiro lê, sim!
E deve continuar repudiando a suposta e infame aprovação dessa emenda que voltou a assombrar a mídia e todos aqueles que entendem a diferença que os livros podem fazer na vida das pessoas que desejam crescer em qualquer campo da vida.
Eu voto contra. E você?
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