No princípio, criou Deus os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia;
e havia trevas sobre a face do abismo;
e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
Da mistura dos elementos do verbo, muito tempo depois,
nós, seres humanos, fomos arquitetados segundo os moldes da Inteligência Suprema.
À semelhança do Criador, enfim, fomos feitos.
Há em cada um de nós a força do sol, a leveza das águas, a rigidez das pedras, a beleza das flores.
E o mistério das estrelas.
Porém não evoluímos de imediato.
Anteriormente à nossa ancestralidade, que faz de nós hoje
seres racionais, habitávamos cavernas e pulávamos entre os galhos das árvores, vivendo como meros primatas.
Atualmente somos Adão, Eva, Jesus, Leonardo da Vinci, Shakespeare, Einstein, Mozart ...
Temos os mares ricos em peixes a nosso favor.
Mas, por alguma estranha razão, parecemos determinados a viver novamente em sombrias cavernas.
POR QUÊ?
Se apertamos um certo botão, logo seremos substituídos por robôs.
O que criamos para o progresso pode tornar-se inimigo mortal da espécie humana.
E lá vai Deus, criar de novo a humanidade...
Borboleta
A lagarta é feia, triste, enclausurada, oprimida,
quase condenada.
Tem a palidez e os moldes do sofrimento.
Mas tem fé, sentimento... sabedoria.
E movida pela alquimia da vida reverte a si mesma a símbolo de beleza.
Sutil, cheia de charme e alegria, é a melhor amiga das flores.
Desistir da luta é algo que não faço
Desistir da luta é algo que não faço,
pois fiz-me de aço para defender-me
das impiedades e injustiças que há no mundo.
Depois de ter muito sofrido, eu aprendi:
O sofrimento dói, mas faz crescer...
Hoje eu digo:
É mais fácil a vida desistir de mim
do que eu da vida desistir.
Jaqueline Machado.