Disseram que ela teria apenas sete anos de vida. E ela cresceu...
Ela não foi pra escola, mas aprendeu a ler. A ler principalmente as maldades do mundo implantadas por pessoas.
Quando ela ousou falar de sonhos, foi imediatamente calada.
Mas nessa hora, os deuses dos sonhos a cobriram de mais sonhos, bênçãos e proteção...
Ela nunca esteve sozinha...
A ela atribuíram ofensas e mentiras. E isso a deixou doente.
Mas a justiça foi ao seu encontro. E por meio de vitórias, ela mostrou para a sociedade a verdade de suas intenções...
Por amores e amizades foi ludibriada e traída. E se deixou levar por mágoas, sim. Mas logo liberou o perdão.
E seres humanos iluminados vieram ao seu encontro para lhe mostrar que ainda existem pessoas sensíveis e empáticas. Capazes de entender o seu coração.
Os invejosos fecharam os olhos perante suas conquistas, e continuaram a distorcer sua maneira de pensar, falar e agir... Então, o universo deu um jeito de lhe enviar mais conquistas...
Ela também foi chamada de imoral. E de aquela que “se acha” mais do que os outros. E Iemanjá a cobriu com seu manto sagrado de amor.
E como se tudo isso ainda fosse pouco, falaram que ela sonhava alto demais.
Não entenderam que para realizar coisas que vem do amor, é preciso voltar o olhar para o céu, e não para o chão.
Ela não anda sozinha. E suas companhias irradiam luz. Por isso se tornou especialista em contrariar todas as más previsões feitas sobre seu destino.
E hoje ela ri do que antes a fazia chorar. Entendeu que tais atitudes vinham de uma minoria... Que no fundo, queria ser do jeito que ela é.
Porque o seu “jeitinho” de ser é muito bom!
Ah, ela se tornou uma mulher de grande valor. Ainda sensível e com muitos defeitos. Mas que não se permite mais ser machucada por ninguém.
E sabe que suas vitórias são frutos de fé, persistência e amor.
Amor?
Sim. Amor. Mesmo depois de toda a dor sentida, ela ainda vive do amor, para o amor e por amor.
Não se deixou amargurar pelos amargurados, soberbos e invejosos.
Será ela boba demais?
Não. É que só se oferece para o mundo o que se tem para dar.
Jaqueline Machado.
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