Sou sinônimo de pluralidade.
Meus desejos fazem de mim, um leque humano de possibilidades de experienciar a existência.
Sou feita de sonhos e de realidades infinitas...
Não fui pela vida condenada a seguir um único destino. São muitos os caminhos percorridos por minha alma, coração e pernas.
Sou rebelde e pouco atenta às regras arcaicas.
Minha personalidade de arco-íris não se permite rotular como se eu fosse um objeto ou roupa de marca.
Não tenho um nicho de trabalho, de estudo ou crença. Sou assim porque tudo me interessa.
E meu "eu' tem sede e pressa de absorver sabedorias.
Tem quem diga que preciso escolher escrever crônicas, romances ou poesias...
Fazer palestra motivacional ou ser feminista. Caso contrário, não terei reconhecimento profissional.
Que devo aderir a uma única religião convencional e não ser espiritualista. E que uma mulher de 'mensagens' não deve postar fotos sensuais. Não fica bem. Mancha a reputação.
E agora, o que será de mim que faço todas essas coisas ao mesmo tempo?
Caros amigos, estou em dúvida: continuo inteira vivendo minhas pluralidades ou devo podar algumas de minhas partes para agradar um pedaço da sociedade que ainda não se deu conta de que os tempos mudaram, novas profissões estão surgindo, que o jeito de trabalhar está remodelado e que já entramos na era dos profissionais multifuncionais?
Jaqueline Machado.
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