A dona de casa Aline de Oliveira Zago precisa da solidariedade dos cachoeirenses para arcar com o tratamento do seu filho Théo de Oliveira Dalcin, de 5 anos, que foi diagnosticado aos 2 anos e seis meses com autismo de grau três. A Justiça negou ceder o medicamento para Théo em decisão proferida nesta segunda-feira, 19. A mãe havia ingressado na Justiça em dezembro, com o objetivo de viabilizar a medicação de forma gratuita.
Ela conta que o seu filho já fez tratamento com diversas medicações, chegando a utilizar mais de cinco diferentes em um só dia. No entanto, Théo possui um distúrbio comportamental grave e com isso a sua neuropediatra receitou em novembro de 2023 o uso do medicamento Canabidiol Prati-Donaduzzi de 20 miligramas por mililitro, que seu preço normal custava R$ 252,00 o frasco, que durava apenas 10 dias para o Théo.
Ela conta que chegou a relutar para aderir o Canabidiol, pois não tinha condições de arcar com o tratamento do filho, já que sustenta a casa apenas com o benefício que recebe. Com isso, entrou com um pedido via judicial para conseguir a medicação, mas até o momento o resultado não saiu.
A mãe chegou a fazer uma vaquinha, mas o dinheiro foi gasto em seguida, já que o Théo teve uma consulta logo em seguida e a médica aprovou o uso do medicamento.
No entanto, o problema financeiro se agravou ainda mais porque a neuro decidiu aumentar a dose da medicação. Então, ao invés de consumir três frascos no mês, o menino teria que passar a tomar seis. "Como o gosto do Canabidiol é ruim, pois é uma espécie de óleo, ia ficar bem difícil de dar para ele. Então ela receitou aumento da miligrama para poder diminuir a quantidade de mls", conta.
Com essas alterações, o valor então dobrou. De R$ 252,00 por vidro que durava 10 dias, Aline passou a comprar o vidro de 50 miligramas por R$ 556,00 na Panvel Farmácias, que também tem duração de 10 dias. "São três vidros no mês, que resulta em mais de R$ 1,6 mil em gastos todo o mês", explica.
Sexta-feira, 16 de fevereiro, foi quando Aline comprou o último vidro do medicamento, que deve durar até esse domingo, 25. "Não sei o que fazer, estava até com vergonha de fazer outra vaquinha, mas não tenho saída. Preciso assegurar o tratamento do meu filho, por isso peço encarecidamente a ajuda de todos. Aceito qualquer valor, pois já me ajuda a comprar", ressalta.
SAIBA MAIS
Aline está na justiça desde dezembro para conseguir as medicações. "A médica fez um novo laudo porque aumentou a miligrama e consequentemente os gastos. O advogado entrou com a ação, mas desde então nada saiu ainda. O Ministério Público deu parecer favorável, a Junta Médica deu parecer negativo e o Estado e Município também deu parecer negativo. Anteontem saiu a decisão e a juíza negou. O advogado disse que vai recorrer ao Tribunal, mas essa função toda é demorada, podendo levar vários meses. Enquanto isso meu filho não pode ficar sem a medicação", disse.
INTERESSADOS EM CONTRIBUIR PODEM ENTRAR EM CONTATO PELO TELEFONE (47) 99170-7115, NÚMERO QUE TAMBÉM É A CHAVE PIX NO NOME DE ALINE DE OLIVEIRA ZAGO.
Imagens: Reprodução.
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