Músico cachoeirense José Melo morre aos 77 anos nesta segunda-feira
- Da Redação
- 9 de dez. de 2024
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Essa segunda-feira, 9 de dezembro, é um dia triste para os tradicionalistas. Isso porque faleceu aos 77 anos, o cachoeirense José Peixoto de Melo Primo, mais conhecido pelo nome artístico de José Melo, cantor e compositor natural de Cachoeira do Sul.
Zé Melo, como era chamado por muitos, teve uma carreira exitosa desde a década de 70 na música gauchesca. Músico autêntico, tocador de gaita, cantor e compositor de suas canções - que geralmente conta histórias pitorescas e explorava os costumes mais xucros de nossa terra, Zé Melo ficou conhecido não só em Cachoeira como em todo o Estado, se apresentando nos mais diversos pagos.
José Melo morava há alguns anos em uma casa geriátrica na cidade. Ele completaria 78 anos no próximo dia 19 de dezembro. Cresceu na zona rural, em Lomba Grande, próximo ao Piquiri. Desde jovem, demonstrou aptidão para a música, aprendendo a tocar instrumentos como gaita-ponto, acordeon e violão de forma autodidata, inspirado por seus irmãos Otávio Maragato (Maragato), Alvise Melo Filho (Didi) e Francisca Melo (Xica). Seu repertório gauchesco era marcado pelo profundo conhecimento do universo rural, que ele vivenciou desde cedo.
José Melo iniciou sua carreira na Rádio Princesa do Jacuí, em rodeios e bailes. Em 1970, lançou seu primeiro disco compacto, Mundo Transformado, que rapidamente ganhou projeção no cenário nacional. Quatro anos depois, gravou seu primeiro LP, Mensagem Gaúcha, um marco de sua carreira.
Apesar do sucesso, a vida de José Melo teve altos e baixos. Após uma trajetória de destaque que incluiu apresentações em São Paulo e programas televisivos, ele enfrentou dificuldades pessoais e foi diagnosticado com demência alcoólica, uma condição que afeta a memória.
Descrito como um “peão de todas as lidas”, José Melo era lembrado por sua simplicidade, talento e personalidade marcante.

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