Março Lilás alerta para prevenção do câncer de colo de útero
- Da Redação
- 17 de mar.
- 2 min de leitura
Uma das neoplasias que mais acomete mulheres no Brasil, o câncer de colo de útero é também motivo de preocupação para a Secretaria Estadual da Saúde. Em 2024, Rio Grande do Sul foi o 4º estado com maior número de novos casos deste tipo, de acordo com dados do Painel Oncologia, do Ministério da Saúde. Nesse sentido, o Março Lilás é uma campanha de conscientização que tem como objetivo informar sobre a importância do diagnóstico precoce e alertar as mulheres sobre os cuidados necessários para a prevenção do câncer de colo do útero.
O câncer do colo do útero se desenvolve na parte inferior do útero, chamada colo, que fica no fundo da vagina. Tem como principal causa a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e pode ser uma doença assintomática e com desenvolvimento de forma lenta.
A detecção precoce do câncer de colo de útero ocorre com a realização do exame citopatológico, popularmente conhecido como Papanicolau. Através dele é possível fazer o rastreamento de lesões iniciais e aplicar o tratamento adequado evitando a progressão para o câncer. Dados preliminares apontam que foram realizados 423.436 exames citopatológicos de rastreamento no Rio Grande do Sul em 2024.
O exame citopatológico deve ser oferecido às mulheres e pessoas com útero na faixa etária de 25 a 64 anos, que já tiveram atividade sexual, que é a população-alvo. O exame deve ser realizado a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano. Mulheres e pessoas com útero vivendo com vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou imunodeprimidas devem realizar o exame logo após iniciar a vida sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral.
Sinais e sintomas de alerta
A infecção pelo HPV e as lesões precursoras do câncer são assintomáticas, mas, nos casos em que as lesões precursoras não tenham remissão espontânea nem sejam detectadas e tratadas, a progressão poderá levar ao câncer, quando então, surgirão sinais e sintomas:
Sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço físico)
Corrimento vaginal (às vezes fétido)
Dor na região pélvica, que pode estar associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados
Perda de peso
Manter os exames preventivos em dia e usar preservativo nas relações sexuais também são medidas fundamentais para precaver os agravos da infecção por HPV.
Vacina do HPV
Outra grande aliada no controle da doença é a vacinação contra o HPV, disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos; pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, pacientes oncológicos ou vítimas de abuso sexual, em ambos os sexos, de 9 a 45 anos; e pessoas portadoras de Papilomatose Respiratória Recorrente (PPR), a partir de 2 anos de idade.
O Observatório do Câncer, iniciativa da SES com apoio técnico e execução do TelessaúdeRS-UFRGS e parceria com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS), é uma ferramenta que possibilita a visualização e a compreensão dos indicadores relacionados com o câncer de colo do útero no Estado. O portal possibilita o engajamento de gestores e profissionais de saúde quanto ao compromisso com a melhoria desses dados e da saúde da população gaúcha. Amplia o monitoramento do câncer de colo do útero e traz materiais informativos tanto para a população em geral quanto conteúdos técnicos para profissionais da saúde e gestores.

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