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  • Foto do escritorDa Redação

Nilton Santos | A Bola da Vez

Engana-se quem pensa que a invasão da Ucrânia pela Rússia é obra que contém uma única assinatura, no caso a de Vladimir Putin. Ela é também subscrita pelas nações que compõem a OTAN, organização controlada pelos Estados Unidos, que é quem efetivamente manda e desmanda desde o seu surgimento e assim continuará a não ser que o futuro produza algo extraordinário, o que é muito pouco provável ou improvável.


Como na briga entre gigantes que sofre é a grama, desta vez sobrou para a Ucrânia, que ao que tudo indica, após a acomodação das coisas, entre território e liberdade do seu povo, restará como única a perder.


No tabuleiro da geopolítica, nem mesmo os cientistas políticos mais otimistas, consideram a possibilidade de que os dois blocos um dia irão conviver em harmonia, no máximo, por certo tempo, farão a paz possível. Depois, tudo voltará ao “normal”. A OTAN e Rússia continuarão seus processos de bloqueio e expansão. As grandes potências, com seu potencial bélico, de modo ativo ou reativo, socialistas ou capitalistas, continuarão a sequestrar e sacrificar outras nações para, em criando a dificuldade, abrir franco para a negociação que melhor lhes convém, o que hoje faz a Rússia sem nenhuma originalidade, posto que a praxe de quem possui armas e dinheiro não mudou e certamente não mudará no tempo futuro.


A questão se resume a busca do poder e riqueza, os motivos de sempre desde quando o arsenal dos sapiens se resumia a paus e pedras. Penso que no conflito atual só quem perderá é a Ucrânia, seja pela ocupação total e anexação ou perda de parte do seu território em nome da acomodação das coisas até que outro conflito surja pelos mesmos e repetidos motivos


O povo Ucraniano, bola da vez, é a moeda de troca em nome da paz possível. Nada de novo no front. Quem será o próximo?



Nilton Santos

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