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  • Foto do escritorDa Redação

Nilton Santos | Fuja da Guerra do Bugius

O ano é de eleição e nós brasileiros gostamos do processo, melhor dizendo, gostamos é de ver intrigas, futricas, denúncias e bate-bocas em profusão, votar certo são outros quinhentos.


A urna eletrônica, colocada em dúvida sem nenhuma comprovação pelo presidente, tirou um pouco da graça da contagem manual, do voto a voto, aquela “chuleada” quando os candidatos disputavam cabeça com cabeça. Agora, com o escrutínio “pasteurizado” em poucas horas, a coruja está pelada. Quem ganhou festeja, o resto enrola a bandeira até o próximo pleito e vida que segue entre a maioria dos que assumem a defesa incondicional do governo e quem passa a torcer pelo quanto pior melhor.


A minoria consciente, analisa os passos dos eleitos, criticando ou elogiando quando for o caso, jamais torcendo contra pelo simples fato de que se o governo é ruim, assim será para todos, os a favor e os contrários, simples assim. Mas é somente a minoria, para a infelicidade geral da nação.


Com a liberação das pesquisas, começam as primeiras escaramuças pelas redes, muitas das vezes antissociais, recheadas de notícias falsas que, mesmo depois de desmentidas, continuam a circular sem dó nem piedade da inteligência alheia, pois para muitos, antes da verdade, o que interessa é puxar voto para o meu

preferido. O amigo ou amiga já viu alguém se retratar de uma postagem de uma falsidade que publicou?


Um, foi mal pessoal (!), nunca vi. A bola da vez são as pesquisas eleitorais, se não favorecem o meu preferido, são falsas, se favorecem, são inquestionáveis, e por aí segue a discussão que, na mínima centelha, passa para o lado pessoal, mais uma amizade que se vai no calor do embate.


O próximo pleito promete, e muito, não por ser uma oportunidade de se discutir com serenidade, seriedade e responsabilidade o que é melhor para o país, mas porque muito mais importa manter a posição, não ceder sob nenhuma condição, afinal, quem acha que tem razão, tem certeza e só os ignorantes tem certeza, os inteligentes questionam, justamente porque sabem que certeza, ao invés do certo, pode ser ignorância, portanto, como ninguém gosta de ser chamado de ignorante, desconfie, sem abusar da desconfiança.


Se pudesse dar um conselho diria: Fuja da guerra dos bugios.

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