Painel "Sinta-Se Feliz na Capital do Arroz" está com a obra de travamento concluída

Início da retirada das escoras, com a Arquiteta Catiele Fortes, Marisa Sari (presidente do Conselho de Cultura), Dariely Gonçalves (Secretária Municipal de Cultura), Marô Vieira da Cunha Silva (presidente da Associação de Amigos da Fazenda da TAfona), Antonio Sarasá (do Stúdio Sarasá, responsável pelo travamento), Mirian Ritzel (Arquivo Histórico), Ione Sanmartin Carlos (presidente do Compahc) e Luciano dos Santos (Stúdio Sarasá).

No último sábado, 8 de março, foi iniciada a retirada das escoras que estavam amparando o painel "Sinta-se Feliz na Capital do Arroz", desde agosto 2022, próximo ao prédio do INSS, quando a Defesa Civil, isolou a área depois de constatar que o painel estava com infiltração e com muitas raízes movimentando sua estrutura.

O travamento não colocou o painel no prumo, mas vai evitar que ele sofra as ações da natureza e das intempéries. Para evitar a infiltração foi colocada uma pingadeira, onde será instalada iluminação, valorizando o monumento à noite também. O projeto de travamento foi financiado por edital de fomento da Lei Paulo Gustavo, com a Associação de Amigos da Tafona como proponente.

Além do trabalho no painel, o projeto previu a impressão de 10 mil folders com os bens tombados pelo município, para distribuição nas escolas e para o Município e também um seminário sobre patrimônio que acontecerá na próxima segunda-feira, dia 17 de março, no Sicredi, à rua Saldanha Marinho, 825.

O valor total disponibilizado pela Lei Paulo Gustavo foi de R$ 80 mil, valor operado pela Secretaria Estadual da Cultura e financiado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A Associação da Fazenda da Tafona foi criada em 2016, é Ponto de Cultura e Ponto de Memória no âmbito federal e está em fase de captação de um projeto aprovado dentro da Lei Rouanet, para restauro do telhado da casa e da Tafona. Sua missão á a proteção e a preservação da memória patrimonial da região e do Estado.

CONFIRA ALGUMAS DECLARAÇÕES:

"É com imensa alegria que nós vemos a recuperação desse paine, que se constitui no 15º bem tombado do nosso patrimônio histórico. Ele é resultado de um trabalho de alunas da nossa saudosa Escola Superior de Artes Santa Cecília. Além de ser patrimônio histórico, se trata de uma obra de arte e mais do que isso, é uma recepção a quem chega em Cachoeira do Sul por este trajeto. Ou seja, quem chega em Cachoeira se sente acolhido por este painel e essa foi a intenção inicial da ideia de colocá-lo aqui neste lugar. Além disso, a temática desse trabalho de arte é voltado para enaltecer todas as características da cidade lá do final da década de 1960 e início de 1970. É um painel repleto de histórias, de memórias, cheio de arte e que além de tudo, funciona como um cartão de visitas da nossa cidade a quem chega por aqui", afirma a historiadora Mirian Ritzel.

"O travamento desse painel significa a preservação da história, da memória, da patrimônio de Cachoeira do Sul, significa a identidade da cidade também sendo preservada. Eu mesmo tenho essa memória de toda a vez que chegava em Cachoeira e tinha essa visão da entrada do Município. Além disso, resgata a história da Escola de Artes Santa Cecília, a história de um concurso emblemático realizado dentro desta, ressalta a história de um casal tão importante que se conheceu através deste concurso, de uma empresa que patrocinou esse concurso e que também faz parte do patrimônio cachoeirense, que é a Casa Augusto Wilhelm. Demonstra a importância das pessoas que se preocupam com a preservação da história e do patrimônio de Cachoeira do Sul, como é o caso de tantas pessoas, órgãos e repartições públicas tão engajadas na preservação da nossa identidade, da nossa autoestima e do nosso orgulho como cachoeirenses", enfatiza a secretária municipal de Cultura, Dariely Gonçalves.

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Crédito: Marô Vieira da Cunha Silva/Jornalista.