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Produtores de trigo do RS poderão vender até 200 mil toneladas do cereal para a Conab

Produtores de trigo do Rio Grande do Sul poderão vender ao Governo Federal até 200 mil toneladas do grão da safra 2024/2025. Isso graças ao mecanismo de AGF (Aquisição do Governo Federal), previsto na PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos). A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizará a compra com recursos na casa dos R$ 261 milhões.


No ano passado, a estatal apoiou a comercialização e o escoamento de trigo, com ações de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e do PEP (Prêmio para Escoamento de Produto).


Assim, dessa vez a medida atende o Rio Grande do Sul, estado onde o preço médio pago ao produtor do grão se encontra em torno de R$ 67,11 a saca de 60 quilos. O valor está abaixo do mínimo estabelecido pelo governo que é de R$ 78,51 na praça gaúcha.


Mas a Companhia diz que continua acompanhando o mercado. Isso porque é possível utilizar o mecanismo nos demais estados produtores que tenham o preço de mercado inferior ao mínimo, limitado ao volume de recursos disponível.

Os interessados em vender o trigo para a Conab devem ter cadastro no Sican (Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais). E, em seguida, procurar a regional da Companhia no RS para orientação sobre o preenchimento dos formulários exigidos para a operação. E, ainda, para apresentação de documentos adicionais que se fizerem necessários.


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A Conab fez o anúncio nesta quinta-feira (7), durante coletiva de imprensa. Entre os presentes estavam o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e o presidente da Conab, Edegar Pretto.


“Neste ano, pela necessidade, iremos fazer nova intervenção. Desta vez, pelo mecanismo de Aquisição do Governo Federal. Vamos fazer estoque público de trigo, para fazer a intervenção no momento em que o consumidor precisar de ajuda. Quando subir o preço em uma região, tendo trigo em estoque, podemos fazer a intervenção, garantindo a estabilidade de preços para os consumidores”, afirmou Pretto.


Análise do mercado do trigo

A boa oferta do cereal no mercado internacional tem refletido em uma pressão de baixa nas cotações do produto, cenário que se estende por mais de um ano. Dessa forma, na safra passada, o governo federal lançou instrumentos de apoio à comercialização por meio de leilões públicos do Pepro e PEP, como forma de auxiliar os produtores. Assim, com estas operações, o governo apoiou o escoamento de cerca de 479,28 mil toneladas do cereal.


Para a atual temporada, a produção brasileira do grão está estimada em cerca de 8,64 milhões de toneladas. Dessa forma, o número indica um aumento de 2,1% quando comparado com o volume obtido em 2023.


A quebra registrada no Paraná e com as adversidades climáticas registradas em importantes regiões produtoras mundiais como Rússia, Europa, Estados Unidos e Austrália, refletiram em uma amena recomposição dos preços nacionais. Ainda assim, as cotações atuais têm permanecido abaixo do preço mínimo vigente no estado gaúcho.


AGF (Aquisição do Governo Federal)

Instrumento da PGPM, a AGF tem o objetivo de apoiar produtores rurais, agricultores familiares e suas cooperativas por meio da aquisição de produtos quando o preço de mercado se apresenta inferior ao preço mínimo estabelecido para a safra vigente.


Por fim, a aquisição depende do repasse, pelo Tesouro Nacional, dos recursos necessários à operacionalização das aquisições.



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