O vereador Itamar Luz (PP) protocolou nesta semana o Projeto de Lei Ordinária nº 94 de 2024, na Câmara Municipal de Vereadores, que denomina Rua Simão Sklar, o trecho urbano sem denominação, na intersecção com a Rua Antônio Gomes de Campos, no bairro Ponche Verde, em Cachoeira do Sul. O objetivo, segundo o parlamentar, é homenagear Simão diante da comemoração de seu centenário no ano de 2024, e para isso, nada mais justo que a devida homenagem, a um dos maiores exemplos educacionais de nossa cidade.
Nascido em 25 de dezembro de 1924, Simão Sklar morou por décadas no centro de Cachoeira do Sul, na rua Saldanha Marinho. Casado com Alzira Carvalho Sklar, tendo como filhos Gastão Carvalho Sklar, Liane Sklar Fernandes, José Luiz Carvalho Sklar e Luiz Antonio Carvalho Sklar. Natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e filho de pais judeus, vindos da Rússia, Simão se considerava cachoeirense, afinal, aos quatro anos se mudou com a família para o município de Cachoeira do Sul, onde morou até o seu falecimento, dedicando boa parte de sua vida ao trabalho, como marceneiro e também no exército.
Aos 18 anos, casou-se com Alzira Sklar, onde depois de quase 70 anos de casado, sua esposa faleceu, sendo uma perda muito grande para ele, pois só teve uma namorada, esposa e mulher. Por conta disso, entrou em depressão, foi quando decidiu voltar a estudar, tentando deixar uma imagem positiva aos seus oito netos e cinco bisnetos. Diante disso, um de seus netos o levou até a Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), para, aos 86 anos, realizar a inscrição ao vestibular para Direito, onde dois dias após, Simão fez a prova, ficando em segundo lugar, tirando nota máxima na redação.
Após sete anos de estudo, em 12 de janeiro de 2019, Simão Sklar com 94 anos se formou, recebendo o diploma de conclusão do curso pelas mãos do seu filho mais novo, o advogado José Luiz Sklar, 63, diante de amigos, familiares e de cerca de 31 colegas, sendo notícia em todo o território nacional.
Simão Sklar, faleceu em Cachoeira do Sul aos 97 anos, em 13 de junho de 2022, deixando um legado inestimável a educação e algumas frases marcantes: "A esperança que eu tenho é que Cachoeira, com 82 mil habitantes, seja um polo educacional. Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida (voltar a estudar), eu renovei a minha vida. Estudando, não se perde um ano (cronológico), se subtrai e se renova, iniciei a faculdade com 86 anos, mas não me formei com 94, e sim com 79 anos. Nunca é tarde para aprender.”

Imagem: Arquivo.
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