A última medição aferida pela Jacuhy Consultoria Ambiental às 17h deste sábado, 11 de maio, constatou que o Rio Jacuí baixou mais 63 centímetros nas últimas 24 horas. Agora o nível está em 24,60 metros. No mesmo horário desta sexta-feira, o nível estava em 25,23 metros. Às 7h deste sábado, o rio estava com 24,85 metros.
Mesmo ainda faltando mais de três metros para sair da cota de inundação, a Prefeitura de Cachoeira do Sul já se preocupa e busca se preparar para o pós enchente. A primeira fase de socorro já foi feita e a etapa assistência segue acontecendo sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Inclusão Social. Agora é momento de se preparar para as ações de resposta e restabelecimento das estruturas.
Com primeiro encontro na sexta-feira e constituição de fato na tarde deste sábado, a Prefeitura de Cachoeira do Sul junto com a Cacisc, montou um Comitê de Ações Público-Privada com o objetivo de organizar a curto, médio e longo prazo, ações voltadas a recuperação da área socioeconômica do Município. A comissão terá como presidente de honra a prefeita Angela Schuh, acompanhada do superintendente da Defesa Civil, Edson das Neves Junior, a Procuradoria Jurídica do Município e terá ainda 4 cadeiras representativas de segmentos integrantes da Cacisc: agro, comércio, indústria e serviço, além do seu presidente, Rafael Quadros.
A prefeita explicou ao grupo que há entraves para que muitas ações sejam colocadas em prática, como necessidade de pedra para a recuperação de estradas e pontes e a falta de madeiras para reconstrução de pontes e moradias. A questão das moradias emergenciais é outro ponto que necessita de atenção especial neste momento e já está na pauta para o próximo encontro.
LOGÍSTICA
O grupo retirou do encontro deste sábado como pauta principal a garantia de rotas de acesso ao Município, garantido logística para o pleno retorno do abastecimento da cidade. “Já existem fornecedores que se negam a vir a Cachoeira devido às condições das estradas. Precisamos focar nossa atenção neste tema para garantir a chegada de itens básicos da população”, explicaram. Uma das grandes preocupações é com relação à chegada de insumos para o HCB, transferência de pacientes e tratamento em hospitais de referência da região, assim como a mobilidade de pessoas que residem no interior e o suporte ao que resta da colheita, que foi fortemente atingida pela enchente.
Ainda durante o encontro o grupo já começou a se mobilizar para contatar autoridades ligadas ao Daer e Dnit em busca de informações sobre restabelecimentos dos acessos. Outro ponto levantado foi a falta de energia elétrica em Cooperativas da cidade, que precisam do restabelecimento da luz para voltarem a funcionar.
As primeiras deliberações do encontro
1. Encontro com a Celetro e RGE para solicitar o restabelecimento da energia elétrica em cooperativas da cidade.
2. Encontro com o Daer para abordar a recuperação da ERS 403 e RST 287 o mais breve possível, assim como o município pode colaborar com a garantia das condições da estrada de Sobradinho.
3. Pressão ao DNIT para recuperação dos acessos à Ponte do Fandango e a breve vistoria da parte inferior das cabeceiras.
4. Avaliação para reforço da ponte do Taboão, que está se tornando uma das rotas de acesso ao município para quem vem de Santa Maria.
Texto e fotos: Patricia Miranda
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