top of page

Situação do Cemitério das Irmandades se agrava a cada dia e passará por estudo geológico a partir desta quarta

  • Foto do escritor: Da Redação
    Da Redação
  • 6 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura


A situação das rachaduras e fissuras que se criaram na parte esquerda da região dos fundos do Cemitério das Irmandades está se agravando a cada dia que passa. Os estágios dos problemas estão cada vez mais avançados nos muros e no solo do local, bem como nas paredes das carneiras, túmulos e piso dos corredores que já estão sendo engolidos pelas crateras.


Conforme o padre Hélvio Cândido, responsável pelo Cemitério através da Mitra Diocesana, o problema do Cemitério é geológico. "Não temos conhecimento total do que está acontecendo no local. Uma fissura de grande proporção se criou de 8 a 10 metros do barranco do rio para dentro. É uma fissura bastante profunda que está engolindo os túmulos e creio que seja mais grave do que imaginamos e não simplesmente um deslizamento de terra. Acreditamos que o rio tenha aberto uma galeria profunda e que hoje está cedendo e que esse problema tenha começado há muitos anos atrás", explicou.


O padre afirma que não existe o que o Cemitério possa fazer para evitar o desmoronamento e que possuem ciência de que a situação irá se agravar ainda mais. "O que podemos fazer emergencialmente foi retirar todos os restos mortais dos familiares que foram atingidas por esse desabamento. O que estamos providenciando agora é a retirada dos restos mortais alocados nos cinco metros mais para dentro, após a fissura, que também são áreas de riscos", destacou.


Para isso, os familiares dos entes enterrados localizados nestas duas carreiras de túmulos serão notificados para que a administração do Cemitério possa realizar a retirada.


Segundo o padre, uma empresa contratada de Santa Maria chegou nesta terça-feira e começará um estudo geológico aprofundado na região, com trabalhos de perfuração e de sondagem do solo nesta quarta-feira, 7 de fevereiro, para verificar o que de fato está acontecendo no local. Após, irão emitir um laudo para explanar a situação real de toda aquela área acometida pelas rachaduras.


"Inclusive vão percorrer o rio para terem conhecimento da situação do barranco, se tem alguma fissura e risco de desabamento de todo aquele barranco para dentro do rio. Então não poderíamos começar a construção sem termos o laudo do geólogo e a licença da Prefeitura. Vamos agendar também uma reunião com a prefeita Angela Schuh, Meio Ambiente e Defesa Civil, com o objetivo de solicitar uma outra área para expandir o nosso Cemitério de forma emergencial, para podermos acomodar os restos mortais que ainda deverão ser retirados desta outra parte mais para dentro do Cemitério que também está na área de risco", pontuou o padre Hélvio.


Na próxima semana será realizada uma audiência na Câmara Municipal de Vereadores, onde será explanada a gravidade da situação do local, que envolve também famílias daquela região. "O problema não é pontual, somente do Cemitério, pois envolve também famílias que moram nos arredores, se estendendo para o bairro Aldeia", frisou.


Esse laudo promete beneficiar a área em geral, inclusive a parte que atinge o HCB. Já existe um projeto encaminhado na Prefeitura Municipal e a análise de um geólogo para saber se poderão ser realizadas construções em um terreno que o Cemitério possui acima da capela da Funerária Madre Teresa. "Ficou um projeto muito bonito, onde pretendemos construir uma carneira para entes enterrados de cada família que estavam sepultados neste local que está desabando", ressaltou.


O Cemitério das Irmandades está interditado por tempo indeterminado e no momento não autoriza visitas gerais. O acesso foi restringido porque a erosão estava atraindo diversos curiosos que iam olhar a parte que está colapsando. A Defesa Civil de Cachoeira concorda com a conduta da Mitra Diocesana, considerando a atitude prudente, com o objetivo de garantir a segurança de todos.




Komentarze


bottom of page