Aguardando cerca de 11 meses por reparo, o trecho da Rua Bento Gonçalves em frente à Escola Borges de Medeiros, na continuação do asfaltamento da Rua David Barcelos, realizado pela empresa GL Rolim AsfaltoSul, ainda não tem previsão de ser consertado. Esse trecho foi o último a ser asfaltado, justamente no encerramento do serviço e apenas alguns dias depois já começou a apresentar falhas, que com o passar do tempo foram aumentando até chegar na forma que está.
Os motoristas que passam pelo local reclamam do serviço, pois além de ser tratar de uma obra recente, as falhas prejudicam o tráfego e a personalização do local. As obras de asfaltamento foram concluídas no dia 21 de julho de 2023 e entregue pelo então prefeito José Otávio Germano em cerimônia no dia 27 seguinte. Com atrasos em sua execução, o trabalho demorou mais de 90 dias, custando R$ 1.838.303,01, valor conquistado através do programa Pavimenta RS.
Em outubro, um grupo da Auditoria de Obras Públicas, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Grande do Sul realizou uma aferição no asfalto. A fiscalização foi realizada após uma denúncia do vereador Luis Paixão (PP), que protocolou um dossiê no Ministério Público (MP) apontando irregularidades nas obras. A obra realizada pela Asfalto Sul foi alvo da Operação Fandango, que asfaltou o prefeito José Otávio Germano. No mesmo mês, apesar de a obra ser considerada concluída, a empresa ainda tinha cerca de R$ 500 mil a receber, valor que ficou de ser quitado apenas após os consertos necessários na via.
Entretanto, o Fatos 24h teve acesso em fevereiro a um processo de Ação Civil de Improbidade Administrativa movido pelo Ministério Público contra a empresa GL Rolim AsfaltoSul. O processo, desdobramento da Operação Fandango realizada pelo MP no município em setembro do ano passado e que resultou em afastamento do então prefeito José Otávio Germano e outros cinco agentes políticos do Executivo, acusa os réus por ilegalidades na contratação da empresa que realizou o asfaltamento da Rua David Barcelos.
Questionada sobre a questão, a atual secretária municipal de Planejamento, Vanessa Csaszar, explicou que a orientação é que não se faça nada até a questão da empresa ser resolvida. Portanto, ainda não existe uma previsão concreta de quando os reparos serão concluídos.
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