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Vereadora do PT assassinada em Formigueiro era Tesoureira de Facção

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • 9 de jul.
  • 2 min de leitura

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 9 de julho, os delegados Sandro Meinerz, coordenador da Polícia Civil na região, e Antonio Firmino de Freitas Neto, responsável pela investigação, apresentaram detalhes sobre a morte da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, em Formigueiro. Eles esclareceram que o crime não teve motivação política nem foi cometido por ela ser mulher.


Pela manhã, a Polícia Civil já havia informado que o inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça. Na coletiva, realizada na sede da Delegacia Regional da Polícia Civil de Santa Maria, os delegados explicaram que o principal motivo do assassinato seria o envolvimento da vereadora com uma organização ligada ao tráfico de drogas na região. "A vereadora estava envolvida com o tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O filho dela também participava", afirmou o delegado Sandro Meinerz.


Segundo a investigação, desde o início já havia indícios de vínculos com o tráfico. A confirmação veio com o depoimento do filho da vítima, que revelou que a mãe era responsável pelas finanças do grupo criminoso, o que passou a orientar o foco das apurações para a identificação dos demais envolvidos. "O fato de ela atuar como tesoureira do grupo criminoso contribuiu diretamente para sua morte", acrescentou Meinerz.


O delegado Antonio Firmino destacou que a função exercida por Elisane era considerada de alto risco para a organização criminosa, especialmente por lidar com a parte financeira. Segundo ele, havia dívidas da parlamentar com a facção. "Quem se envolve com o tráfico de drogas tem dois destinos: a morte ou a prisão", declarou Firmino.


A Polícia Civil já identificou e prendeu o autor do crime. Quanto ao mandante, também já foi identificado e teve a prisão preventiva decretada. O Ministério Público apoiou o pedido, embora a identidade do mandante ainda não tenha sido divulgada.


Movimentações bancárias suspeitas

Durante as investigações, a polícia identificou movimentações financeiras elevadas nas contas da vereadora, incompatíveis com seu salário de R$ 3,9 mil mensais, conforme dados do Portal da Transparência da Câmara de Formigueiro. Estima-se que ela tivesse cerca de R$ 500 mil em conta. O filho da vítima confirmou à polícia que a mãe era responsável pela contabilidade do grupo.


Diante disso, um novo inquérito poderá ser instaurado para aprofundar a investigação sobre o envolvimento de Elisane e de outras pessoas com o tráfico de drogas. "Vamos desmembrar o inquérito para continuar apurando o tráfico. Com base nas análises cibernéticas e bancárias, poderemos identificar mais envolvidos e solicitar novas prisões", completou Firmino.

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Com informações de: Diário SM - Notícias na Tela.

 
 
 

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