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  • Foto do escritorDa Redação

Moradores de Brumadinho se mobilizam para ajudar a população do Rio Grande do Sul

Há um tempo, os moradores de uma cidade de Minas Gerais passaram por uma tragédia, um desastre, e eles contaram com a solidariedade para se reerguer. Agora, chegou a vez deles serem solidários com os gaúchos.


Um produtor rural da região emprestou o caminhão que recebe as doações. “Ontem, por volta de 9h, 10h, a gente estava tirando ele, literalmente, do meio do mato, muito sujo, para estar conseguindo colocar ele aqui hoje”, conta a gestora de clínica Ana Couto.


Brumadinho ainda sofre com as dores de uma tragédia que deixou 270 mortos. Em 2019, a barragem da Vale cobriu de rejeitos de minério a bacia do Rio Paraopeba e deixou um sentimento de luto que não se desfaz.

A tatuadora Patrícia da Silva, que agora se mobiliza pelos gaúchos, perdeu um primo no mar de lama.


“Quando a gente ajuda o próximo, acho que o vazio de dentro da gente vai embora, porque é muito gratificante a gente poder ajudar outra pessoa”, afirma.


A associação que organizou a ação que está começando na cidade espera encher o caminhão com alimentos não perecíveis, roupas, material de limpeza, e levar tudo para o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, que preparou um espaço para receber as doações. É um gesto de solidariedade de quem também precisou ser acolhido em um momento de muita dificuldade.


Rômulo de Oliveira é outro voluntário que perdeu parente no rompimento da barragem e sabe bem a diferença que a ajuda faz.


“Traz conforto. É um prazer poder ajudar. A gente está sempre ali com o próximo, porque a gente vê a dor, a gente vê o sofrimento, a gente sabe como foi difícil”, diz.


A ajuda vai chegando a todo momento. O aposentado Altamir Mendes da Rocha levou água.


“Toda ajuda é importante, eles estão precisando. Como nós precisamos também, eles precisam. Nós temos que ajudar eles”, diz.


A cozinheira Maria de Jesus contribuiu com o possível.


“Eu sou uma pessoa que ama muito os outros. Não faço mais porque a gente não pode, mas é com muito amor que estou fazendo”, afirma.



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