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  • Lenon Quoos

Motorista Marco Aurélio se manifesta sobre a acusação de agredir idoso

Após a repercussão do caso da agressão do idoso Carlos Roberto de Oliveira Doki, de 73 anos, o motorista do aplicativo Confiança Mobi, Marco Aurélio Soares Porto, 42 anos, que foi acusado de ser o responsável por desferir a violência, decidiu se manifestar em razão da grande repercussão que o caso teve após ser divulgado na imprensa de Cachoeira do Sul. "Eu não ia me manifestar, mas isso tomou uma proporção muito grande e fez com que eu perdesse meu trabalho no aplicativo", ressaltou.


Marco repassou os prints da conversa com o filho Emir Doki, onde respondeu os questionamentos sobre a agressão cometida. "Muita gente estava no local e viu a confusão, certamente tem até câmeras de segurança. Quem acusa é que tem que provar. Com certeza poderão conferir que eu somente empurrei o idoso, como forma de me defender, eu não atingi ele com tanta força até porque eu estava em uma distância considerável. O que aconteceu foi que ele tropeçou, se desequilibrou e caiu um tombo grande que fez com que se machucasse seriamente", ressaltou.


Carlos disse que teve um problema com o casal de passageiros que estava no carro e que em função do desrespeito deles, parou o carro e solicitou que desembarcassem. "Eles saíram do carro e a mulher bateu a porta com muita força. Aí eu saí do carro e pedi para que saíssem dali. Então eles atravessaram a rua e eu entrei no carro. Do outro lado da rua estava o seu Carlos, e nisso o casal abordou ele e disse que eu expulsei eles do carro, e que eu havia afirmado que iria chamar a Brigada Militar (eu ia mesmo). Nisso eu fui ao encontro deles e a situação virou um bate boca. Então esse senhor pediu para eu me acalmar. Só pedi para ele não se meter, pois não tinha conhecimento do acontecido. Nesse momento ele começou a falar várias coisas no momento que eu estava bem nervoso pela situação. Disse a ele novamente que não deveria se meter e ele ameaçou ir em casa buscar uma arma. Nisso eu levei a mão nele, porque imaginei que fosse me agredir e então ele caiu no chão. Nisso veio mais um homem com uma marreta na mão e eu fui embora", ressaltou.


Após o relato da versão do motorista, o filho do idoso disse que viria à Cachoeira para se inteirar do assunto e solicitar imagens das câmeras de segurança para apurar os fatos.


Marco enfatizou que vem recebendo várias mensagens de clientes e amigos, e lamenta que o caso tenha se tornado, segundo ele, um "sensacionalismo". "Ninguém me procurou para saber nada antes. Eu trabalho desde dos 12 anos, saio para trabalhar às 4h da manhã e volto para casa após as 21h. Eu fazia em torno de 800 corridas por mês. A minha avaliação como motorista de aplicativo há três anos é 4,99 em uma escala que vai até 5. Não pararam para pensar que eu tenho pai, tenho dois filhos, esposa, família, amigos, uma empresa para qual eu presto serviço que é destaque em atendimento, crescimento, muito conhecida e querida na cidade. Além disso, não tiveram a mínima preocupação em saber o porque da interrupção da corrida, em saber quem eram os passageiros, quais seus antecedentes. Eu não tenho nenhum antecedente criminal de nenhuma espécie, minha CEMA está devidamente dia e atendo todas as exigências da lei federal e municipal para trabalhar", destacou.


O motorista lamenta que agora está sem poder trabalhar, nem sair na rua. "Fui acusado, julgado e condenado pelo tribunal da internet. Vamos esperar os fatos virem à tona. Estou sem chão, não sei de onde tirar o sustento da minha família, numa situação em que o casal possui antecedentes criminais. Criaram uma confusão onde se eu não me defendesse seria agredido, pois já tinha um cara com martelo na mão para me atacar. O seu Carlos já tinha ameaçado ir buscar uma arma em casa, e por uma infeliz atitude minha em meio à confusão levei a mão em direção a ele, fazendo com que caísse e se machucasse", pontuou.

Imagem: Divulgação.

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