Com 174 votos favoráveis, os docentes da Universidade Federal de Santa Maria aderiram à greve nesta segunda-feira, 22. A decisão contou com a participação de professores de todos os campi da instituição. Ela iniciará oficialmente a partir das 12h de quinta-feira, 25.
Ainda nesta semana, deve ocorrer uma reunião da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm) com a reitoria e os estudantes, para discutir a possibilidade de paralisação do calendário acadêmico.
A categoria reivindica o reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas de 7,06% por ano. Na última sexta-feira, 19, o governo propôs reajuste de 9%, a partir de janeiro de 2025, de 3,5%, em maio de 2026. E 0% neste ano. Não houve acordo.
Votos em todos os Campi da UFSM
Favoráveis – 174
Contrários – 48
Abstenções – 4
Em Santa Maria, a votação ocorreu no Auditório Flávio Schneider, do prédio 42. Além dos professores, estiveram presentes alunos e servidores técnico-administrativos da instituição, os quais já estão em greve desde a metade de março. Ao todo, 209 pessoas compareceram à assembleia.
Para a votação, cada docente recebeu na entrada do auditório um cartão azul. Por volta das 11h, os votantes levantaram seus cartões a depender do seu posicionamento quanto à greve. Os outros campi estiveram presentes por videoconferência e enviaram as respostas contabilizadas, simultaneamente.
Quem deve paralisar as aulas?
Até o prazo oficial de início da greve, 12h de quinta-feira (25), os docentes devem seguir com suas atividades em sala de aula. Após isso, poderão cessar suas atividades, explica o diretor da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm), Ascisio Pereira.
A decisão é facultativa, e os alunos podem ter algumas aulas e outras não, a depender da decisão de cada professor.
Mas Ascisio indica que isso pode ter alteração se o calendário acadêmico for paralisado. Essa proposta deve ser discutida em reunião, ainda nesta semana, entre reitoria, estudantes e Sedufsm.
Se a paralisação do calendário for adotada pela instituição, o sistema de gerenciamento da UFSM impossibilitará que aulas sejam lançadas no sistema, logo, a paralisação seria para todos os professores, explica.
Posição da UFSM
A UFSM se posicionou na tarde desta segunda-feira (22), via nota oficial. Veja na íntegra:
"A adesão dos docentes e consequente extensão da greve é monitorada semanalmente pela gestão e se respeita o direito de greve dos servidores. Respeita-se, também, o direito dos docentes que não querem aderir a greve. Dessa forma, qualquer decisão sobre suspensão/paralisação do calendário acadêmico deverá ser feita e decidida na instância que o aprovou: o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE)".
Veja a votação em cada campus
Santa Maria
Favoráveis – 157
Contrários –25
Abstenções – 4
Cachoeira do Sul
Favoráveis – 6
Nenhum contrário
Nenhuma abstenção
Palmeira das Missões
Contrários – 10
Favoráveis – 2
Nenhuma abstenção
Frederico Westphalen
Favoráveis – 9
Contrários – 13
Nenhuma abstenção

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