ACAFI pede compreensão e direitos no Dia Mundial da Conscientização de Fibromialgia

A representante da Associação Cachoeirense de Fibromialgia (ACAFI), Ana Paula Carvalho, ocupou a tribuna popular na sessão ordinária desta segunda-feira, 12 de maio, da Câmara de Vereadores, a convite da vereadora Ana Paula Melo, para falar sobre o Dia Mundial de Conscientização da Fibromialgia, que ocorre no dia 12 de maio.

A Fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dores generalizadas e difusas, fadiga intensa, distúrbios do sono e/ou insônia alterações de humor e sistema cognitivo, síndrome do intestino e bexiga irritáveis, sensibilidade ao toque, entre outros que são mais de 100 sintomas. Por isso conhecida como síndrome da fibromialgia. "A ACAFI é uma entidade que nasceu da necessidade de dar voz e acolhimento às pessoas que convivem diariamente com essa doença desafiadora. Infelizmente ainda é subestimada por muito. Quem sofre dessa condição, além da dor física sobre com a incompreensão. Sabemos que não tem cura, mas falta reconhecimento e políticas públicas, bem como a falta de tratamentos e remédios", destacou.

Ao final do discurso, Ana se emocionou disse que a última semana foi difícil, pois teve compromissos para cumprir em meio às dores e instabilidade da doença. "São 200 pessoas no grupo que precisam de apoio e ajuda. Queremos o abraço, o apoio, a compreensão de todos e que faça valer a Lei para os nossos direitos feita pelo vereador Marcelo Figueiró para a cidade de Cachoeira do Sul", pontuou.

SAIBA MAIS

A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna, que também sofria com sintomas compatíveis com a fibromialgia. Apesar de ser uma síndrome invisível — já que não apresenta alterações visíveis nos exames — a fibromialgia afeta profundamente a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que atinja principalmente mulheres entre 20 à 60 anos, embora homens e até crianças também possam ser diagnosticados.

A cada 10 pacientes, 8 são mulheres e 2 são homens. O objetivo desta data é promover o reconhecimento, empatia e apoio aos pacientes, além de incentivar a busca por mais estudos, políticas públicas de saúde e tratamento humanizado. A compreensão da sociedade é essencial para diminuir o preconceito e oferecer acolhimento àqueles que convivem com essa condição diariamente. Neste 12 de maio, vamos ouvir, respeitar e dar visibilidade às vozes de quem enfrenta a fibromialgia. Dor real, mesmo sem feridas visíveis.