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Celetro recebe encontro de dirigentes do cooperativismo de eletrificação do RS para debater os rumos do setor

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    Da Redação
  • há 3 dias
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Na próxima quarta-feira (21), a partir das 10h, a sede administrativa da Celetro, em Cachoeira do Sul, será palco de um importante encontro do setor energético cooperativo do Rio Grande do Sul. Presidentes e representantes das 15 cooperativas de eletrificação filiadas à Fecoergs (Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul) participarão da Assembleia Geral do Sistema Fecoergs, que além de pautar temas técnicos e estratégicos, será também um espaço de integração e troca de experiências entre os dirigentes.


“Para nós, da Celetro, é uma honra receber em nossa sede lideranças tão representativas do cooperativismo de eletrificação gaúcho. Este encontro simboliza a força da união entre as cooperativas, que compartilham experiências, constroem soluções conjuntas e reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento do meio rural e com o bem-estar das comunidades que atendem”, destaca o presidente da Celetro, Bertino Rech. “Mais ou tão mais importante do que os temas a serem trabalhados na assembleia, é o encontro dos dirigentes das cooperativas, para troca de experiências e congraçamento”, resume o presidente do Sistema Fecoergs, Erineo José Hennemann.



Participam da assembleia as seguintes cooperativas de eletrificação: Celetro (Cachoeira do Sul), Coopernorte (Viamão), Certhil (Três de Maio), Cerfox (Fontoura Xavier), Coopersul (Bagé), Certel (Teutônia), Creral (Erechim), Creluz (Pinhal), Cooperluz (Santa Rosa), Cermissões (Caibaté), Ceriluz (Ijuí), Coprel (Ibirubá), Certaja (Taquari), Cosel (Encruzilhada do Sul) e Cervale (Santa Maria).

Dessas 15 cooperativas, 10 também atuam na geração de energia elétrica, reforçando o papel estratégico do cooperativismo na diversificação da matriz energética do Estado: Coopernorte, Certhil, Cerfox, Certel, Creral, Creluz, Cooperluz, Cermissões, Ceriluz e Coprel.


Dados do Sistema Fecoergs indicam que o investimento médio anual das cooperativas de eletrificação filiadas é de aproximadamente R$ 500 milhões em todo tipo de melhoria dos sistemas de distribuição, como construção de subestações, ampliação e manutenção de redes, entre outras frentes. “Nosso foco é sempre aprimorar, melhorar a qualidade da energia distribuída, bem como o relacionamento com os associados”, destaca o superintendente do Sistema Fecoergs, José Zordan.


O papel das cooperativas na matriz energética gaúcha

Entre os principais assuntos da pauta, estarão os avanços e desafios do setor em 2024, que fechou o ano com 5.979 novos estabelecimentos conectados à rede elétrica das cooperativas no RS. Ao todo, são 324.717 unidades atendidas, beneficiando diretamente mais de 1,3 milhão de gaúchos. As cooperativas estão presentes em 369 municípios do estado, com atendimento direto em 72 sedes municipais, através de uma infraestrutura que soma 67 mil quilômetros de redes — distância equivalente a uma volta e meia ao redor do planeta.


As cooperativas geradoras operam ou participam de 55 usinas de geração, com potência instalada de 219,08 megawatts (MW). São 28 usinas hidrelétricas próprias, 13 usinas consorciadas, 13 unidades de geração solar e uma usina termoelétrica movida à casca de arroz. Esse parque gerador representa cerca de 30% da demanda do sistema cooperativo gaúcho.


Outro destaque da assembleia será a análise das consequências das enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024. Os eventos climáticos extremos causaram impactos significativos na infraestrutura das cooperativas, no abastecimento de energia, na economia e na vida dos associados — exigindo respostas rápidas e ações conjuntas para garantir o restabelecimento do serviço em áreas afetadas.


Mesmo diante das adversidades, o desempenho das cooperativas foi reconhecido nacionalmente. Segundo o Índice Aneel de Satisfação dos Consumidores (IASC), as cooperativas gaúchas estão entre as dez melhores do país, entre as 103 distribuidoras avaliadas, incluindo concessionárias privadas e estatais.


A programação da assembleia ainda incluirá debates sobre a regulamentação da Reforma Tributária, a expansão do Programa Energia Forte no Campo — que já soma mais de R$ 102 milhões investidos na melhoria de redes rurais — e temas como o armazenamento de energia, abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão a partir de 2026, e a crescente relevância das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) no setor.


Além disso, será destacada a importância das missões internacionais promovidas pela Fecoergs e pela Confederação Infracoop, com experiências recentes na Alemanha, Argentina, Panamá e Estados Unidos — país que receberá uma nova missão ainda em 2025.


Com mais de 84 anos de história, o Sistema Fecoergs representa hoje uma verdadeira revolução silenciosa no apoio ao desenvolvimento do meio rural, promovendo inclusão energética, geração de renda e o cooperativismo como instrumento de transformação social.


Nesta oportunidade será realizada, também, a assembleia do sindicato patronal Sindicooper, conduzida pelo presidente da cooperativa Certaja de Taquari/RS, Renato Pereira Martins, que congrega as 25 cooperativas de infraestrutura e energia do Estado do Rio Grande do Sul.


Foto/Texto: Milos Silveira - Ascom Celetro

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