Deputado Marcelo Moraes cobra do DNIT redutores de velocidade na Volta da Charqueada

O deputado federal Marcelo Moraes (PL-RS) encaminhou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) um pedido urgente para a instalação de lombadas ou faixas elevadas na Volta da Charqueada, em Cachoeira do Sul. A solicitação atende a uma demanda antiga dos moradores, que relatam medo crescente diante da sequência de acidentes registrados na rodovia — incluindo o mais recente, que resultou na morte de um caminhoneiro no final de novembro.

Segundo o parlamentar, a via reúne tráfego intenso de veículos pesados e circulação urbana, combinação que aumenta os riscos de colisões e atropelamentos. “Não podemos esperar que novas vidas sejam perdidas para que providências sejam tomadas. A comunidade está clamando por proteção, e nosso papel é levar essa demanda ao DNIT e acompanhar de perto para que seja atendida”, afirmou Moraes.

O DNIT deverá realizar estudos técnicos para avaliar a viabilidade das intervenções. Moraes garantiu que seguirá pressionando o órgão e o Ministério dos Transportes para que o pedido não seja postergado.

Acidente fatal reacende alerta

Por volta das 14h de 28 de novembro, um grave acidente na Volta da Charqueada voltou a expor a insegurança da região. Dois caminhões colidiram frontalmente em uma curva considerada perigosa, nas proximidades do Memorial das Alamedas. Alexandre Parmigiani, 39 anos, natural de Garibaldi, morreu no local após ser arremessado do veículo.

A cabine de um dos caminhões foi arrancada pelo impacto. O outro motorista saiu ileso e prestou depoimento na Delegacia. O trecho permaneceu totalmente bloqueado para o atendimento do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

Moradores afirmam viver “uma tragédia anunciada”

A comunidade relata preocupação constante com o excesso de velocidade e a falta de acostamento na via. Um dos incidentes mais recentes ocorreu nesta semana, quando um caminhão perdeu o controle na curva entre a antiga SUC e a Escola Mário Godoy Ilha, quase atingindo residências.

O sargento da Brigada Militar e morador da região, Marcelo Costa, relata que seu filho escapou por minutos de ser atropelado.“Por detalhe, meu filho não estava na calçada. O caminhão vinha a uns 80 km/h onde o limite é 40. Já é o terceiro ou quarto acidente na mesma curva. É uma tragédia anunciada”, afirma.

Outro morador reforça que o trecho é estreito e sem acostamento, e que muitos veículos circulam acima do limite permitido.

Infraestrutura reconhece risco e apoia o pedido

O secretário-adjunto de Infraestrutura e presidente do bairro, Paulo Roberto “Buchecha”, confirma que a comunidade já enviou uma série de solicitações ao DNIT. Entre as reivindicações estão:

• instalação de quebra-molas ou redutores de velocidade;

• implantação de tachões ao longo da via;

• melhorias na curva da antiga SUC;

• manutenção de tampas de caixas na calçada;

• intervenções próximas ao Mercado Rede Fort e ao acesso ao Condomínio Colinas.

“Já houve acidente fatal ali. Precisamos sim de uma intervenção urgente na área de segurança do trânsito”, declarou.

Comunidade busca apoio da imprensa

Moradores pedem visibilidade para sensibilizar as autoridades e evitar novas ocorrências graves. “Um redutor de velocidade não atrapalha ninguém; pelo contrário, pode salvar vidas”, reforça Marcelo Costa.

A região agora aguarda uma resposta do DNIT e espera que as intervenções preventivas sejam adotadas antes que outra tragédia aconteça.