Nesta quinta-feira, 14 de novembro, uma mobilização de pais e alunos movimentou a Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, localizada no bairro Tupinambá, em Cachoeira do Sul. Segundo relatos de quem presenciou o acontecimento, uma professora infantil teria cometido o crime de racismo ao proferir expressões grosseiras.
A história teria iniciado quando algumas crianças reclamaram que a comida não estava boa e que estava com um gosto estranho. "Foi então que a professora disse: tu só está reclamando pois não sabe oque é passar fome de verdade", depois usou uma chave para cutucar uma criança que começou a chorar. Ainda disse para eles irem para a África pra virarem gente e passar fome, pois lá é o lugar deles", disse uma mulher que preferiu não ser identificada.
Ainda segundo ela, logo após o almoço diversas crianças começaram a passar mal e a desmaiar. "A escola não queria chamar os pais dos alunos que estavam desmaiando, foi então que os alunos do ensino médio começaram a denunciar e chamar seus pais. Uma avó e uma mãe tentaram agredir a professora, porém, foram impedidas. Pais e alunos chamaram a Polícia, denunciaram para vários órgãos e até agora não deu em nada. Um boletim de ocorrência foi registrado", conta.
O fato foi suficiente para que os estudantes fizessem cartazes e fossem para frente da escola fazer uma manifestação contra o ato da professora. Também foi aberta uma sindicância sigilosa, que trata-se de um procedimento administrativo investigativo que visa apurar se um ato ilícito ocorreu ou não por parte da servidora.
Procurada pela reportagem do Fatos 24h, a diretora Marilda Félix enfatizou: "Teve um problema de uma professora com a turma e as medidas foram tomadas e os fatos serão apurados. Com isso, os alunos do ensino médio sentiram-se incomodados e fizeram o manifesto contra a atitude da professora em frente a Escola. Conversei com duas representantes do manifesto e ficou claro que os fatos serão apurados", pontuou.
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