A repercussão que teve a revelação do nosso governador, Eduardo Leite, ao assumir a homossexualidade publicamente, extrapolou os limites imaginados até mesmo pelo entrevistador Pedro Bial.
Passado o impacto inicial, do que todo mundo já sabia, mas só agora verbalizado por ele próprio, vamos poder avaliar os resultados políticos do provável futuro candidato a presidência da república, Eduardo Leite, e entendermos o tamanho do preconceito, ou não, ainda presente junto aos brasileiros e muito especialmente entre os gaúchos.
Que diferença faz, para nós eleitores, o fato do governador ter apresentado um namorado e não uma namorada? Em nada vai diminui, assim como não deve somar, prejudicar e nem acrescenta absolutamente nada no seu currículo como gestor, tão pouco em sua moral. É o que eu penso.
Para as mulheres que o achavam lindo e por isso nutriam algumas esperanças de quem sabe despertar os olhares do governador, para além de uma amizade, essas entendo a frustração, às demais pessoas não. O governador mostrou toda sua decência ao tornar público sua homossexualidade apresentando o seu atual namorado.
Escandaloso e imoral seria se, o governador mantendo-se no armário, fossemos surpreendidos com manchetes dizendo que esse tal de Eduardo, governador do estado, estava fazendo orgias no palácio, com travestis contratados para programas aleatórios, reclamando por seus direitos.
Eu me somo aos jovens de hoje que, sem preconceitos, entende a diversidade como natural, não uma opção pecaminosa.
Não espero que o governador venha somar mais votos em função das suas recentes revelações, mas seremos réus confessos de um crime, hoje inaceitável, se ele vir a perder prestígio político pelo mesmo motivo.
Uma boa semana a todos.
Hilton de Franceschi.
