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  • Lenon Quoos

Hilton de Franceschi | Pena Perpétua

A aprovação pela Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul de um aumento dos descontos nos salários dos servidores municipais, como solução ao FAPS, soou como uma pena perpétua, em especial para os aposentados. Não vou entrar no mérito se o aumento autorizado foi justo ou era necessário à saúde financeiras do sistema de aposentadoria dos servidores públicos municipais, mas lembrar a todos que durante a campanha eleitoral o então candidato, José Otávio Germano, apontou soluções fáceis, gabando-se da estreita ligação que ainda mantem com agentes do planalto.


Muitos desses servidores, eleitores confessos do prefeito, agora se dizem arrependidos do apoio que deram nas eleições passada. A ira dos decepcionados com a traição do prefeito, José Otávio Germano, que em campanha havia prometido resolver os problemas do FAPS, sem punir os servidores, são acompanhadas de denúncias que, se verdadeiras, precisam ser apuradas pelas autoridades competentes.


Infelizmente, nós eleitores, só nos damos conta da enorme contradição existente entre as promessas feitas pelos candidatos durante o período eleitoral, e o que ele efetivamente cumpre depois de eleito, quando o prejuízo é direto no nosso bolso. Atrevo-me a dar uma receita no sentido de sermos menos iludidos por esses políticos carreiristas, sempre dotados de bons argumentos, de alternativas criativas para problemas complexos e com sacadas inteligentes para solucionar o teu pedido em particular. Não acreditar neles é a primeira premissa.


Precisamos votar no candidato, não nos seus discursos. Qual a probabilidade de eu eleger um bom gestor, como prefeito da minha cidade, se no currículo desse candidato não há experiências nessa área? Que garantias podemos ter de uma administração comprometida com os princípios da honestidade e da lealdade se no seu histórico há muitos envolvimentos com corrupção? A resposta é zero ou próximo disso em ambos os casos.


A cadeira de prefeito não recupera ninguém, ela só potencializa o que o candidato traz na sua bagagem. Um comprador de cavalos só fecha o negócio depois de examinar os dentes do animal. Para um atleta, não basta correr jogar ou saltar bem, ao ser contratado ele passa por exames, atestando sua condição saudável. Em um concurso público, passar na prova não é o suficiente, há exigência de um atestado de idoneidade, expedido pela Polícia Federal.


Então, é necessário, é justo que façamos um raio-X do candidato antes de ler e ouvir suas promessas, porque essas cartilhas são elaboradas pelos marqueteiros, raramente pelos candidatos, e depois sustentadas pela mídia comprometida com a eleição dos mesmos.


Tenham todos, uma boa semana.

Hilton de Franceschi.

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