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Jane Berwanger | Golpes e o “almoço grátis”

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    Da Redação
  • há 1 minuto
  • 2 min de leitura

É sempre pertinente falar sobre golpes, uma vez que a criatividade parece não ter limites. É importante sempre chamar atenção ao tema quando a internet permite que a (des)informação circule rapidamente.


Os economistas usam muito a expressão vinda do inglês “não há almoços grátis” (no original, “there is no free lunch”) para identificar uma situação suspeitamente

vantajosa. A expressão vem da prática do Velho Oeste de bares fornecerem comida gratuita a quem consumisse bebidas. A comida geralmente era barata, enquanto os clientes afundavam-se em grandes contas de consumo de bebidas.


Sempre desconfie quando uma oferta parecer vantajosa demais. Se um terreno com uma casa que valeriam R$ 200 mil está sendo vendido por R$ 100 mil, algo

provavelmente justifica essa diferença tão expressiva. Questione, investigue a matrícula do imóvel, as suas condições, as redondezas, a vizinhança, antes de qualquer decisão.


Da mesma forma, ligações inesperadas anunciando dinheiro disponível ou empréstimos pré-aprovados exigem cautela. A insistência em aprovar empréstimos não solicitados levanta suspeitas, assim como a posse de dados detalhados dos clientes por empresas desconhecidas, mesmo com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados. E claro, só busque crédito de instituições idôneas.


Proteja suas informações pessoais. CPF, endereço e, principalmente, senhas são dados sensíveis que só devem ser compartilhados com entidades e pessoas de sua confiança, além de sempre ponderar sobre a necessidade de fornecer estes dados.


Golpistas frequentemente se valem de nomes de instituições como a Defensoria Pública, Receita Federal ou bancos para dar credibilidade às fraudes. Lembre-se: órgãos oficiais não enviam e-mails solicitando informações ou oferecendo serviços dessa maneira.


Promessas de benefícios previdenciários no teto para quem sempre contribuiu sobre o salário-mínimo também são sinais de alerta. Embora existam teses em discussão nos tribunais, propostas milagrosas que surgem sem que você tenha buscado por elas exigem investigação. Afinal, como esta pessoa ou empresa chegou em você? Como ela sabe que você tem direito a esta revisão sem que você tenha passado seus dados a ela? Na dúvida, procure um advogado de sua confiança para obter orientação.


Não se trata de viver em constante paranoia, mas de cultivar um olhar mais crítico e atento diante de ofertas e solicitações inesperadas. Um pouco mais de cuidado hoje pode evitar muitos aborrecimentos no futuro. Lembrem-se, não existem almoços grátis.




Jane Berwanger

51 9 9954-9090

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