top of page

Jaqueline Machado | Consciência eterna do bem maior

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Muitas pessoas falam. Falam sem saber. Agem no impulso do instinto rústico da vontade de julgar e ofender.


Estamos na semana da "Consciência negra", período para refletirmos sobre igualdade racial.


Veja só que tristeza! Ainda precisamos de datas especiais para discutirmos o óbvio: que somos todos iguais. Diferentes nas maneiras de viver, mas iguais no direito de existir.


Datas assim, que a meu ver não são muito comemorativas, nos levam a uma consciência, sim. A de que a maldade e o preconceito ainda vivem em muitos corações.

ree

A espiritualidade é mansa, elegante, e não costuma gritar, mas cansada de falar para tanta gente surda e de mostrar sinais para quem se faz de cego, tem lançado alguns gritos. E os homens maus, mesmo correndo perigos, insistem em não evoluir.


É a força da prepotência que não baixa a guarda.


Os negros têm em si, a nossa história. Seu sangue corre em nossas veias. Não adianta negar.


Nosso café traz a cor da negritude que derramou suor nas fazendas dominadas pelo horror da crueldade dos senhores de Engenho.


O sorriso dos Pretos Velhos de Aruanda, quando baixam no terreiro de Umbanda, emanam a doçura do açúcar, que um dia também plantaram.


Eles nos trazem a revelação da verdade. E com alegria e serenidade nos ensinam a arte do bem viver.


E até assim são julgados.


Pois na espiritualidade sobreviveram. E isso desperta ira em quem sofre de intolerância religiosa, por achar que os pretos velhos são espíritos pequenos e que a Umbanda é uma farsa.


Eu não sou apegada às religiões, e sim à espiritualidade, mas conheço de verdade o poder mágico dos Vovôs e Vovós do Axé. E tenho uma protetora anciã que me ampara. O nome dela é Maria Redonda, vulgo vó gorda, que me inspira seguir o caminho do bem, que me enche de alegria, e que nas horas de dor, vem me curar.


Com um rosário na mão, ela me benze, e com um sorriso maroto diz para eu ter calma e não levar tudo tão a sério. E sempre lembrar de lembrar as pessoas que independente de cor, fé ou posição social, somos todos semelhantes e amados pela consciência eterna do Bem Maior.


Jaqueline Machado.

 

 
 
 

Comentários


bottom of page