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Jaqueline Machado | O Presenteador

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • 19 de mai.
  • 2 min de leitura

O jovem disse a um velho sábio:


- Sou um viajante sonhador. Em cada lugar que chego, compro presentes para oferecer às pessoas. Junto dos presentes, ofereço minha paz e verdade. Mas algumas pessoas acham que quero algo em troca.


 - Muitos não acreditam mais em gentilezas. Acostumaram-se a um estilo de vida onde nada mais parece ser genuíno, gratuito e verdadeiro. Não enxergam você como um bom presenteador, mas como um manipulador. Só que manipuladores, tiram, e você apenas oferece... E apesar das decepções deve permanecer assim.


Porque tudo o que é manipulado, calculado demais, foge à essência natural das coisas.


Tudo o que fere o livre - arbítrio, não é da vontade do universo.


Nem trabalho, nem amizade, nem amor. Nem outra coisa alguma.


Absolutamente nada deve ser forçado. Se a pessoa recusa o seu presente, não o ofereça mais.


Nada pode ser exigido. O estranho é que muitos dos que se negam a receber, merecem seus presentes, mas por algum motivo se autossabotam.  


E quando o que é sincero, por razões de orgulho e desconfiança parece ser falso, a Vida, zangada, vem e desfaz milagres e alianças que deveriam ser reconhecidas, celebradas e intensamente vividas junto dos anjos e dos homens. Em casos de negações, o merecedor vira pecador.


E o presente que era para ser dele, é tirado. É oferecido a quem merece mais.


É por motivos como estes que muita gente se perde do caminho da felicidade.


Vá em em paz, meu bom garoto. Siga o seu caminho. E não deixe de viver de acordo com as regras de sua coragem.


O rapaz, feliz, em sinal de reverência, beijou as mãos do ancião e, com sua mochila cheia de lembrancinhas, seguiu as trilhas de seu destino de andarilho gentil...


Jaqueline Machado.

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