Operação “Lastro Frágil”: Polícia Civil apreende Porsche e bens de luxo com empresário cachoeirense
- Lenon Quoos
- há 3 dias
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A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira, 1º de setembro, a Operação Lastro Frágil, que resultou na apreensão de veículos e bens de alto valor em Cachoeira do Sul. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) e pelo Setor de Inteligência Policial e Análise Criminal (SIPAC) do município.
Um dos alvos foi a revenda Company Veículos, localizada na esquina das ruas Dona Hermínia e Júlio de Castilhos. Durante as diligências, os policiais também cumpriram mandados na residência do proprietário da empresa, o empresário cachoeirense K.K., de 33 anos, no bairro Tibiriçá, onde foi apreendido um Porsche Boxster, avaliado em cerca de R$ 390 mil.
Segundo o delegado Tiago Werkhauser Bittencourt, titular da DPPA e da DRACO, a investigação teve início após informações indicarem que o suspeito havia adquirido patrimônio de forma súbita e ostentava bens de luxo em redes sociais. As apurações revelaram ainda que o investigado possui antecedentes por tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de promover recentemente rifas ilegais de veículos pela internet.
A análise financeira e fiscal apontou um descompasso entre as rendas declaradas e o patrimônio adquirido, além de movimentações suspeitas envolvendo a compra de bens de luxo pagos em espécie.
Em cumprimento às ordens judiciais, foram apreendidos R$ 20.136,00 em dinheiro, três automóveis (Porsche, Hynduai Azera e C10), uma motocicleta BMW esportiva e um jet ski — bens avaliados em mais de R$ 700 mil.
Delegado Tiago Werkhauser Bittencourt, titular da DPPA e da DRACO, declarou:
"A partir de algumas informações que recebemos, identificamos um indivíduo na cidade, proprietário de uma revenda, que apresentava uma evolução patrimonial súbita e bastante incompatível com fontes de renda lícitas conhecidas. Inclusive, a própria aquisição da revenda teria ocorrido neste ano. Antes disso, ele não tinha atividade econômica ou renda declarada. Fizemos um levantamento criminal e constatamos que esse indivíduo possui antecedentes por tráfico de drogas. Pelas redes sociais, confirmamos a ostentação de diversos veículos de luxo, além da promoção de rifas ilegais de automóveis. Com base nisso, pedimos ao Judiciário a quebra de sigilo bancário e fiscal e também solicitamos informações ao COAF, órgão de controle financeiro da Receita Federal.
Recebemos dados que indicam movimentações incompatíveis com as rendas declaradas, compras de bens de luxo em espécie e ausência de declaração de imposto de renda, tanto na pessoa física quanto na jurídica. Solicitamos ainda informações à Receita Estadual, que confirmaram que não havia emissão de notas fiscais — tratava-se de uma empresa sem movimentação fiscal. Diante dessa incompatibilidade entre a situação fiscal e o patrimônio, solicitamos ao Judiciário uma medida cautelar de sequestro dos bens, para resguardar e impedir sua disponibilidade. Agora, iniciamos a fase externa da investigação para apurar a real origem de todos esses valores. O investigado terá oportunidade de demonstrar se existe alguma fonte lícita para justificar esse patrimônio."
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