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Polícia Civil conclui Operação Lastro Frágil e prende suspeito preventivamente em Cachoeira

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

A Polícia Civil de Cachoeira do Sul concluiu, nesta quarta-feira, 10 de dezembro, a investigação da Operação Lastro Frágil, deflagrada em setembro de 2025, e prendeu preventivamente um homem de 33 anos apontado como líder de um esquema criminoso envolvendo usura pecuniária (agiotagem), extração de loteria não autorizada, extorsão, receptação qualificada e lavagem de dinheiro.


A ação foi conduzida pela DRACO, sob coordenação do delegado Tiago Werkhauser Bittencourt, e resultou também no sequestro de um imóvel avaliado em cerca de R$ 1 milhão, adquirido recentemente pelo investigado. A decisão foi expedida pela Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro de Porto Alegre, após a finalização do inquérito policial.


Contexto da operação

A Operação Lastro Frágil foi deflagrada em 1º de setembro de 2025, após o setor de inteligência da Polícia Civil identificar sinais de enriquecimento súbito e ostentação de bens de alto valor por parte do investigado, proprietário da revenda Company Veículos, localizada na esquina das ruas Dona Hermínia e Júlio de Castilhos.


Durante as diligências, foram cumpridos mandados na empresa e na residência do suspeito, no bairro Tibiriçá, onde foi apreendido um Porsche Boxster, avaliado em aproximadamente R$ 390 mil.


As buscas também resultaram na apreensão de:

  • R$ 20.136,00 em dinheiro

  • Três automóveis (Porsche Boxster, Hyundai Azera e Chevrolet C10)

  • Uma motocicleta BMW esportiva

  • Um jet ski

Ao todo, os bens ultrapassam R$ 700 mil em valor estimado.


Indícios de lavagem de dinheiro e rifas ilegais

Segundo o delegado Tiago Bittencourt, a investigação iniciou após denúncias de que o suspeito apresentava uma evolução patrimonial incompatível com suas atividades declaradas, além de promover rifas ilegais de veículos nas redes sociais.

As análises financeira e fiscal revelaram:

  • Movimentações bancárias incompatíveis com a renda informada

  • Compras de veículos de luxo pagas em espécie

  • Ausência de declaração de Imposto de Renda

  • Empresa sem emissão de notas fiscais

  • Divergências entre o patrimônio adquirido e a atividade econômica registrada


O COAF e a Receita Estadual confirmaram as inconsistências, reforçando as suspeitas de lavagem de dinheiro e de atividades econômicas clandestinas.


Declaração da Polícia Civil

O delegado Tiago Bittencourt destacou as razões que motivaram as medidas cautelares e a prisão preventiva:

“Identificamos um indivíduo que apresentava evolução patrimonial súbita e incompatível com fontes de renda lícitas conhecidas. Ele ostentava carros de luxo, promovia rifas ilegais e não possuía movimentação fiscal. As informações bancárias e fiscais mostraram movimentações suspeitas e compras em espécie. Solicitamos o sequestro dos bens para impedir sua disponibilidade e agora partimos para a fase externa da investigação, para apurar a real origem desses valores.”
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