Prefeitura de Cachoeira decreta emergência pelos danos das chuvas de 8 e 9 de maio
- Da Redação
- há 9 horas
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Os danos resultantes das chuvas de grandes proporções, que atingiram Cachoeira do Sul nos dias 8 e 9 de maio de 2025, levaram a Prefeitura a decretar situação de emergência. A decisão foi tomada com base nos registros de danos humanitários, conforme previsto na Lei Federal nº 12.608, de 10 de abril de 2012, que disciplina a declaração de situação de emergência e estado de emergência pública no âmbito do âmbito do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), considerando uma série de fatores que qualificam o desastre para, ao menos, o nível 2.
Segundo relato da Defesa Civil, corroborado por relatórios de danos das diversas estruturas sociais, econômicas e estruturais do Município, houve a concentração de 228,4 milímetros de precipitações, em média, o dobro do volume que levou Cachoeira do Sul à situação de emergência em 2024.

“Tivemos uma série de alagamentos em diversos bairros, ruptura de galerias, interrupção de estradas do interior, bloqueios em vias urbanas, em especial as não pavimentadas, enxurradas, residências afetadas e até a remoção de famílias de suas residências em áreas de risco. Além disso, registramos desmoronamentos em sangas, enchentes em arroios e danos variados em pontes, estradas e nas estruturas da zona rural e na cidade. Pesou ainda a necessidade de um decreto para suspender as aulas nas escolas do campo, uma escola na cidade que recebe alunos do interior, e também a suspensão do transporte escolar”, explicou o superintendente da Defesa Civil Municipal, Sérgio Franchini. A vacinação dos moradores do interior, na programação do “Dia D” da Secretaria Municipal da Saúde, também precisou ser suspensa no dia 10 de maio em razão da inacessibilidade dos locais previstos.
As chuvas deste período também obrigaram a Prefeitura a realizar atendimentos emergenciais e mutirões para recuperação e pontos de acesso às escolas do campo, estradas rurais e pontes. “Houve uma piora no nível de danos em estruturas que já estavam afetadas pela catástrofe climática de 2024 e ainda não foram recuperadas totalmente, como pontes, bueiros e pontilhões. O fato dos rios, arroios e córregos estão assoreados, e alguns como o Amorim terem mudado o próprio curso em direção a aglomerados habitacionais, acelerou e ampliou a elevação dos cursos d´água e o nível de risco, gerando danos que só serão contidos com um projeto global de desassoreamento. O Município está buscando recursos junto ao Estado e à União para realizar operações neste sentido”, explicou o prefeito Leandro Balardin.
Ele enfatiza que se trata de uma decisão técnica, baseada em laudos. “Assim como no decreto de nível 1 da estiagem, estamos seguindo rigorosamente a recomendação e a previsão dos laudos técnicos”, enfatizou. A Prefeitura ainda está contabilizando os prejuízos, pois ainda tem uma semana para concluir as informações no sistema da Defesa Civil.
O Decreto está disponível no link: https://www.cachoeiradosul.rs.gov.br/portal/diario-oficial/ver/800
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