A Peritonite Infecciosa Felina, mais conhecida como PIF, é uma doença infecciosa, causada por um vírus que estamos familiarizados com o nome, mas conhecemos pouco sobre suas variações, o coronavírus, no caso da PIF, sua variação se chama (FCo V-1 e FCo V-2).
A PIF é uma doença muito grave e infelizmente, com alto índice de óbito, tive três experiências com essa doença, dois casos no RJ onde ela é muito comum, e um caso aqui na cidade. No Rio conhecemos a PIF como “doença da barriga d´água”, pois seu principal sintoma aparente é a barriga que cresce de forma exagerada por causa do líquido que se forma na pleura, peritônio e assim por diante. Nos três casos que tive, os três foram a óbito.
A PIF, na minha opinião de gateira de mais de 3 décadas é que para mim, é a pior doença que pode acometer nos gatos, muito pior que a FelV, pois o sofrimento é muito maior dos bichanos.
Uma coisa sobre a PIF que é no mínimo curiosa é que ela tem mais incidência em filhotes e até os 3 anos e depois pode também desenvolver em gatos com mais de 10 anos, portanto, é uma doença que pode atingir gatos jovens e idosos.
O diagnóstico da PIF é feito somente por exame histopatológico (biópsia dos órgãos afetados) ou pela detecção do material genético do vírus por exame de PCR a partir das efusões, quando existem. Portanto, não é tão simples como o teste que fazemos da FiV ou FelV.
Até o momento, não existe um tratamento específico, mas uma esperança surge, um novo medicamento usado para a prevenção da infecção com RNA-vírus em laboratórios foi usado em um estudo no combate à doença PIF em gatos. Esta pesquisa usou 31 gatos com PIF, dos quais 26 tinham a forma efusiva e cinco, a forma não efusiva.
O medicamento ainda não foi liberado em nenhum país até o momento, por isso a importância na prevenção, pois como disse, a taxa de mortalidade é altíssima.
A melhor forma de prevenir é evitar o contato com outros gatos infectados, como fazer isso? Evite que seu bichano tenha acesso às ruas, essa é a melhor forma de prevenir, tanto a PIF quanto a FELV e a FiV.
Adriana Palladino
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