Corsan explica que alteração no gosto e cheiro da água é devido a proliferação de algas no Rio Jacuí
- Lenon Quoos
- há 26 minutos
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A Corsan divulgou uma nova nota nesta terça-feira, 16 de dezembro, para esclarecer a alteração no gosto e no cheiro da água percebida por moradores de Cachoeira do Sul nos últimos dias. Segundo a Companhia, o problema está relacionado ao aumento atípico da proliferação de algas nos pontos de captação de água no Rio Jacuí, provocado pelas altas temperaturas registradas recentemente.
Conforme a Corsan, após análises técnicas, foram realizados ajustes nos processos de tratamento, com a aplicação de dosagem de carvão ativado e adequação dos níveis de cloro, a fim de garantir a qualidade da água distribuída. A expectativa da empresa é de que o odor e o sabor sejam normalizados nos próximos dias.
A Companhia reforça que não há risco à saúde da população e que a água segue atendendo todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo a nota, a água só é liberada para distribuição após rigorosos procedimentos de purificação e controle de qualidade, com testes diários de amostras.
As análises laboratoriais são realizadas no Laboratório Central de Águas da Corsan, em Porto Alegre, que atende os 317 municípios gaúchos abastecidos pela Companhia. No local, são monitorados cerca de 100 parâmetros previstos nas portarias de Potabilidade do Ministério da Saúde e de Agrotóxicos da Secretaria Estadual da Saúde. A Corsan também destaca possuir certificação ISO 17.025, concedida pelo Inmetro, que atesta a competência técnica dos seus processos.
Apesar das explicações, a Prefeitura de Cachoeira do Sul voltou a cobrar oficialmente a Corsan diante das recorrentes reclamações da população. O prefeito Leandro Balardin afirmou que já havia feito uma cobrança informal na semana passada ao gerente da companhia, André Finamor, mas considerou as respostas insuficientes para tranquilizar os moradores.
Segundo o chefe do Executivo, o problema afeta diretamente o bem-estar da população e exige esclarecimentos formais e técnicos mais detalhados. “Vamos seguir acompanhando o caso de forma rigorosa e cobrando providências”, declarou Balardin.
Diante da situação, o prefeito agendou uma reunião para esta quarta-feira, às 15h30, com a direção da Corsan e a Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde. O objetivo é buscar uma solução definitiva, incluindo a realização de uma vistoria técnica in loco em todo o sistema de captação, tratamento e distribuição de água, com a participação de técnicos da Companhia e do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS).
O DVS também oficiou a Corsan solicitando melhorias no tratamento da água, especialmente para reduzir os estímulos sensoriais de gosto e cheiro que têm afetado a aceitação para consumo humano. De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Andrea Santos, as amostras analisadas pelo Programa VIGIAGUA estão dentro dos padrões de potabilidade, mas as reclamações quanto ao odor, cor e gosto persistem, motivando a cobrança por providências adicionais.



















