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Dólar fecha a R$ 5,40, maior nível em mais de um mês; Ibovespa recua 0,39%

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • há 17 minutos
  • 2 min de leitura

O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira, 21 de novembro, em alta de 1,18%, cotado a R$ 5,4010, no maior valor em mais de um mês. Já o Ibovespa recuou 0,39%, aos 154.770 pontos, acompanhando o movimento cauteloso dos investidores após o feriado da Consciência Negra.


A volta do mercado foi marcada pela combinação de fatores internos e externos. No Brasil, ganhou destaque a retirada da tarifa de 40% cobrada pelos Estados Unidos sobre uma série de produtos nacionais. No cenário internacional, os agentes repercutiram a divulgação do payroll, relatório oficial de emprego dos EUA, além de novas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed).


Redução de tarifas pelos EUA

A decisão do governo norte-americano, anunciada na véspera, removeu a alíquota adicional de 40% aplicada a produtos como carne bovina, café, cacau e açaí, medida que beneficia embarques brasileiros desde 13 de novembro.

A data coincide com a reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi abordado. Apesar do avanço, representantes da indústria lembram que dois terços das exportações brasileiras seguem afetados pelo tarifaço.


Segundo Frederico Lamego, da Confederação Nacional da Indústria, ainda enfrentam sobretaxas setores como máquinas e equipamentos, móveis, couro, calçados, aviação e minerais, entre outros. A expectativa agora é pelos próximos passos das negociações bilaterais.


Dados de emprego nos EUA e expectativa sobre juros

O ressurgimento do payroll, após paralisação do governo americano, trouxe 119 mil vagas criadas fora do setor agrícola em setembro — número acima do previsto. A taxa de desemprego, porém, avançou para 4,4%, também acima das estimativas.


Os dados reforçaram a incerteza sobre a condução de juros pelo Fed. Durante a tarde, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou ver espaço para novos cortes no curto prazo. O diretor Stephen Miran também declarou que votaria por uma redução adicional na reunião de dezembro.


Com isso, o mercado passou a estimar quase 60% de chance de um corte de 0,25 ponto na taxa básica na próxima reunião do Fomc.


Indicadores internacionais

Os índices de gerentes de compras (PMI) mostraram desempenho misto na Europa:

  • Zona do euro: atividade cresce, com serviços no melhor ritmo em 18 meses, mas manufatura volta a contrair.

  • Alemanha: perda de força no setor privado, com queda inesperada da indústria.

  • França: estabilização, com serviços compensando piora industrial.

  • Reino Unido: crescimento praticamente estagnado antes da divulgação do orçamento.


Nos EUA, o setor industrial registrou o menor nível em quatro meses, pressionado pelas tarifas de importação impostas por Donald Trump, que reduziram a demanda e geraram acúmulo de estoques.


Mercados globais

  • Wall Street fechou em alta:

    • Dow Jones: +0,10%

    • S&P 500: +0,38%

    • Nasdaq: +0,59%


  • Europa encerrou de forma mista, com investidores atentos aos sinais sobre juros e avanços nas negociações para encerrar a guerra na Ucrânia. O STOXX 600 caiu 0,30%.


  • Ásia teve forte queda, acompanhando o pessimismo da véspera, com tecnologia liderando perdas:

    • Nikkei: –2,40%

    • Hang Seng: –2,4%

    • Xangai: –2,5%

    • CSI300: –2,4%


Desempenho acumulado

Dólar

  • Semana: +1,97%

  • Mês: +0,32%

  • Ano: –12,60%


    Ibovespa

  • Semana: –1,88%

  • Mês: +3,50%

  • Ano: +28,67%

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