top of page

Jaqueline Machado | Semana da Pessoa com Eficiência

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura

Salve a Semana da Pessoa com Eficiência!        

Semana da Pessoa com Eficiência?


Sim. Chamar pessoas que não podem andar, enxergar, ouvir, ou que têm TEA de "deficiente", é como fazer um diagnóstico único sobre várias percepções das múltiplas faces performáticas da vida.


Esses indivíduos não são peças de louças ou móveis quebrados para serem chamados por uma denominação tão pejorativa.


Alguns dirão: " Mas essa denominação está no Estatuto". Mas o estatuto também significa, Lei de Inclusão.   


E cabe nós, lutar para que os termos descritos nos códigos das leis sejam aperfeiçoados. Pois se a Lei nos protege de alguma forma contra o capacitismo, não pode ser conivente com palavras capacitistas.  


Todos os seres humanos possuem limitações e diferenças internas e externas. E deficiências falam mais sobre defeitos de caráter e ignorância, do que sobre diferenças físicas.

ree

O que muitos chamam por deficiências são, na verdade, características específicas individuais, comuns à missão de vida de cada um. 

Não se trata de azar ou karma como algumas crenças nos fizeram acreditar. O problema é que muitos seres, na escala evolutiva de espaço e tempo, estão recém aprendendo a se humanizar e ainda pensam pequeno.


E apesar de terem acesso a todos os tipos de informações por meio dos avanços científicos e tecnológicos, não conseguem entender as razões das diversidades e a beleza da imensidão da existência.


Disse Martin Luther King:  "Sonho com o dia em que meus filhos não serão julgados por sua cor de pele, mas pelo seu caráter".


Já eu, na qualidade de mulher cadeirante digo:  "Sonho com o dia em que a marca do amor sele o fim de todas as diferenças. E que pessoas não passem mais pelo ultraje de serem chamadas por termos pejorativos, pelo simples fato de serem consideradas diferentes.


Assim como os códigos de leis repudiam e penalizam expressões e gestos racistas, não podemos aceitar em hipótese alguma expressões  preconceituosas. As pessoas que assim como eu, não podem caminhar do modo convencional, não precisam de vitimização, mas de dignidade e autoestima.


Eu conheço uma pessoa cadeirante que certa vez foi chamada de “aleijada”. E mesmo tendo boa acessibilidade e vivendo numa casa adaptada, em vez de pensar em realizar seus sonhos, ela pediu a Deus pra morrer. Portanto, vamos lutar por acessibilidade, sim. Mas também por dignidade na maneira como devemos ser tratados.  


Porque brancos, negros, jovens, velhos, cadeirantes, andantes, héteros, gays, todos são seres humanos iguais em importância para a evolução espiritual e material do mundo.


Abaixo a opressão! E glória ao direito de ser o que somos, diferentemente iguais.

 

Jaqueline Machado.


 
 
 

Comentários


bottom of page