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Maior operação contra pirataria de sementes no Brasil apreende 3 mil toneladas no RS

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e a Secretaria da Agricultura do Estado (SEAPI/RS), deflagrou a Operação Semente Segura II, considerada a maior já realizada no país contra a pirataria de sementes. A ação resultou na apreensão de 3 mil toneladas de sementes ilegais, principalmente de soja, avaliadas em cerca de R$ 35 milhões.


Segundo a entidade CropLife Brasil, que reúne empresas de defensivos, sementes e biotecnologia, a pirataria de sementes gera prejuízos de R$ 10 bilhões por ano à agricultura brasileira, equivalentes a 11% da área cultivada de soja. No Rio Grande do Sul, foco da operação, as perdas chegam a R$ 1,1 bilhão anuais.


Operação recorde

Realizada entre os dias 26 e 29 de agosto, a ofensiva mobilizou 20 fiscais do MAPA, 21 da SEAPI e 64 policiais civis em 14 municípios gaúchos, entre eles Cruz Alta, Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga e Palmeira das Missões. Além das sementes piratas, uma empresa foi autuada por manter aeronave agrícola de R$ 1,5 milhão sem registro no MAPA, e produtores foram flagrados com defensivos ilegais ou armazenados de forma irregular.


O volume apreendido dobrou o resultado de 2024, quando 1,4 mil toneladas de sementes irregulares foram recolhidas em Santiago (RS), avaliadas em R$ 19,7 milhões.


Riscos ao agro e à saúde

As chamadas “sementes piratas” são produzidas fora do Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM), sem garantia genética ou sanitária. Além de comprometerem a produtividade das lavouras, aumentam o risco de pragas e doenças, reduzem a qualidade da produção e expõem agricultores a sanções legais. O problema ainda desestimula investimentos em pesquisa e prejudica a imagem do agronegócio brasileiro no mercado global.


“É fundamental estimular o uso de sementes certificadas e aplicar punições rigorosas contra quem insiste na prática ilegal. A CropLife atua no treinamento de agentes fiscalizadores e na destinação correta dos insumos apreendidos, em parceria com o poder público”, afirmou Nilto Mendes, gerente de Combate a Produtos Ilegais da entidade.


Denúncias

A CropLife Brasil mantém um canal de denúncias anônimo para apoiar o enfrentamento ao mercado ilegal de sementes e reforça a importância da mobilização conjunta de autoridades, produtores e sociedade.

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