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Trabalhadores dos Correios no RS aprovam greve por tempo indeterminado

  • Foto do escritor: Lenon Quoos
    Lenon Quoos
  • há 20 minutos
  • 2 min de leitura

Os trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul aprovaram em assembleia geral a deflagração de uma greve por tempo indeterminado. A decisão, tomada por ampla maioria dos presentes, marca um novo capítulo na mobilização da categoria em torno das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026, que se arrastam sem avanços significativos entre a direção da estatal e os sindicatos que representam os ecetistas desde agosto (data-base da categoria).


Na assembleia, realizada na sede do CPERS/Sindicato, os trabalhadores e trabalhadoras criticaram a empresa por não ter apresentado proposta após meses de negociação e somente em mediação no TST, o que motivou a rejeição e a aprovação da greve.


A decisão define que a paralisação terá início a partir desta quarta-feira (17/12), e será por tempo indeterminado, até que haja avanço real nas negociações que contemplem as principais reivindicações da categoria.


Entre os principais pontos das reivindicações da categoria estão:

Reposição salarial acima da inflação acumulada, que a categoria considera crucial diante do aumento do custo de vida;

Manutenção de benefícios conquistados historicamente, incluindo o ticket extra e estabilidade de condições de trabalho;

Garantias quanto à saúde e segurança no trabalho, especialmente diante de propostas de mudanças no plano de saúde;

Preservação e fortalecimento dos serviços públicos postais, em contraposição às ações que resultam em fechamento de agências ou terceirização de funções.


Negociação no TST e impasse

Antes da assembleia, uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) ocorreu sem desfecho satisfatório para a categoria. A direção dos Correios apresentou uma proposta que mantinha o acordo atual sem aumento real e sem ticket extra, enquanto os sindicatos reforçaram a necessidade de avanços concretos antes de aceitar qualquer ajuste.


Diante da ausência de avanço, os sindicatos de todo o país intensificaram a mobilização e confirmaram o indicativo de greve nacional para o dia 16, reforçando o compromisso com a defesa de direitos e pela valorização dos trabalhadores.


O Secretário-Geral do SINTECT-RS, Alexandre Nunes, afirmou que a mobilização é uma resposta à falta de propostas compatíveis com as necessidades da categoria e que a luta continuará até que haja avanços efetivos. “A categoria sempre buscou o diálogo, mas desde agosto a empresa enrola, mente e se negou negociar de fato com os trabalhadores. A própria empresa não deu aos trabalhadores alternativa a não ser a greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores não vão pagar a conta pelo desmonte e da incompetências das sucessivas gestões das empresas”, concluiu ele.


A agenda do primeiro dia de greve é de concentração em frente as unidades.

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